A Covishield, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, funciona contra a variante britânica do novo coronavírus. A afirmação é de cientistas da universidade e tem como base estudos em andamento, que ainda não foram revisados por outros especialistas.
O teste ainda está em andamento, mas a estimativa de eficácia é de 75% em relação a essa variante. Participaram do estudo voluntários com infecções sintomática e assintomática entre outubro de 2020 e janeiro de 2021.
Segundo os pesquisadores, a fórmula diminui o tempo de eliminação da cepa britânica e da carga viral do organismo, o que pode representar uma menor taxa de transmissão da doença.
“Os dados indicam que a vacina protege tanto contra o novo coronavírus original quanto contra a variante britânica”, diz Andrew Pollard, investigador-chefe do estudo. Agora, os cientistas de Oxford buscam descobrir o quão eficiente é a Covishield contra a mutação sul-africana do novo coronavírus.
Ficou claro, entretanto, que a concentração de anticorpos neutralizantes contra a cepa britânica é inferior. Apesar disso, ela ainda é muito semelhante à obtida contra a variante original. Esses são os primeiros resultados relacionando a eficácia da Covishield a novas mutações. Agora, os pesquisadores estudam como modificar as vacinas atuais rapidamente contra cepas futuras.
Sarah Gilbert, outra investigadora-chefe do estudo, explica que o novo coronavírus é menos propenso a mutações que o vírus influenza. “Mesmo assim, sempre imaginamos que novas variantes surgiriam até o ponto de ser necessário fazer uma nova versão das vacinas para manter o nível de eficácia”, comenta.
Estudos com outras vacinas
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A Pfizer e a Moderna já anunciaram que seus imunizantes são capazes de neutralizar tanto a cepa britânica quanto a sul-africana do novo coronavírus. Os testes com as fórmulas foram feitos em laboratório.
Já a Janssen informa que sua fórmula tem 57% de eficácia contra a variante sul-africana. Outras duas vacinas, a da Sinopharm, e a da Academia Chinesa de Ciências Médicas, também neutralizaram a mutação da África do Sul em laboratório.
Fonte: Evening Standarz