aPesquisa também aponta que dor de cabeça foi sintoma mais comum entre crianças e adolescentes com a doença
Foto: Mister Shadow / ASI / Agência O Globo
aPesquisa também aponta que dor de cabeça foi sintoma mais comum entre crianças e adolescentes com a doença

Cerca de 60% dos infectados com o novo coronavírus (Sars-CoV-2) não têm nenhum sintoma da doença na semana anterior ao resultado positivo do teste. É o que aponta um  estudo feito com mais de 1 milhão de pessoas na Inglaterra. Os resultados são preliminares e estão em revisão para serem publicados no "British Medical Journal".

O estudo "React-1" está em andamento e envolve a realização de testes do tipo PCR em mais de 150 mil pessoas escolhidas de forma aleatória na Inglaterra todo mês. Com isso, para chegar à conclusão, os cientistas analisaram testes e questionários feitos de junho de 2020 até janeiro deste ano. As análises foram feitas em 7 rodadas, conduzidas mensalmente.

Os pesquisadores informaram que ao todo foram analisadas 1.147.374 pessoas no estudo, com idades de 5 a mais de 55 anos.

Dentre os principais resultados, a pesquisa indicou que 6.451 pessoas receberam um resultado positivo para a Covid-19. Dessas, 3.881 não tiveram nenhum dos 26 sintomas considerados pelos cientistas na semana anterior ao diagnóstico, o equivalente a 60,2% dos infectados.

Entre os infectados, 1.198 não tiveram nenhum dos quatro sintomas considerados "clássicos" de Covid, como perda de olfato, perda de paladar, tosse persistente e febre. O total equivale a 18,6% dos infectados. Os outros 1.372 infectados reportaram ao menos um desses sintomas (21,3%).

A dor de cabeça foi o sintoma mais comum em crianças e adolescentes de 5 a 17 anos com Covid-19. Já a febre, tosse e perda de apetite foram mais comuns em adultos de 18 a 54 anos, assim como as dores musculares.

Os autores entendem "que uma vez que uma alta proporção de infecções na comunidade não são sintomáticas", muitas pessoas com a doença não são rastreadas. "Portanto, ao mesmo tempo em que se amplia a disponibilidade de testes entre pessoas sintomáticas, deve se considerar o teste direcionado de indivíduos não sintomáticos, por exemplo aqueles em áreas de alta prevalência [da doença]", dizem os autores.

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