O Brasil ultrapassou as 250 mil mortes por Covid-19 e o cenário nacional é de alerta. Em São Paulo, a taxa de ocupação de leitos e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) em hospitais da rede privada varia de 80% e 95%. Os números foram publicados pelo jornal Valor Econômico.
No hospital Albert Einstein, o número de pacientes na UTI aumentou 17%, entre os dias 17 e 24 deste mês. No Hospital Alemão Oswaldo Cruz e na Beneficência Portuguesa, as taxas de ocupação na UTI são de 92% e 95,7%, respectivamente.
Na unidade paulista do Sírio-Libanês, 95% das unidades de internação estão ocupadas. Já na unidade de Brasília, esse percentual é de 72%. Ambos, os hospitais têm leitos ainda não operacionais que podem ser abertos.
No HCor, 88% dos leitos e UTIs destinados a casos de Covid-19 estão ocupados. "Após um período de queda, nos últimos 14 dias, o hospital registrou estabilidade na quantidade de pacientes internados, com diagnóstico confirmado de Covid-19" informa boletim médico do HCor, que tem 55 pacientes internados em leitos destinados ao novo coronavírus.
Coordenador aponta para o risco de esgotamento dos leitos de UTI
Ontem (24), o coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 no estado de São Paulo, Paulo Menezes, afirmou que o comitê está "preocupado" com a alta de novas internações de pacientes com a Covid-19. Ele explicou que, caso se mantenham as atuais taxas, a expectativa é de que os leitos de UTI disponíveis no estado sejam esgotados em até três semanas.
"O estado de São Paulo ainda tem um número considerável de leitos disponíveis, mas se nós olhamos para o futuro, nós temos uma previsão bastante preocupante que é de poder esgotar os recursos de leitos de UTI em aproximadamente 3 semanas", afirmou Menezes.
"Nos últimos 10 dias, houve um aumento progressivo batendo sucessivos recordes, de 660 pessoas internadas a mais em leitos de UTI no estado de São Paulo. São Paulo ainda tem um número considerável de leitos de UTI, mas temos a preocupação de eles se esgotarem em três semanas. Isso é consequência das aglomerações que ocorreram cerca de 10 dias atrás, mas também pode ter ocorrido por outros fatores, especialmente, por conta das variantes, especialmente a de Manaus", acrescentou Menezes.