Covid-19: “Variante brasileira é uma ameaça mundial”, dispara jornal americano
Flávio Pinto
Covid-19: “Variante brasileira é uma ameaça mundial”, dispara jornal americano

O Washington Post publicou na última quinta-feira (4) um artigo que deve alarmar as autoridades de saúde brasileira. Segundo o jornal, a variante brasileira do novo coronavírus representa uma “grande ameaça para o mundo”. A publicação ouviu uma série de especialistas que indica que uma confluência de fatores que pode transformar o Brasil no “maior laboratório aberto do mundo para a sua mutação”.

Agora, os cientistas temem que a variante P.1 esteja infectando novamente pessoas que já contraíram o vírus da Covid-19, indicando que ela tem a força de adoecer aqueles que têm anticorpos da primeira onda. As conclusões ainda sejam provisórias, mas as implicações são bastante graves, já que é possível que o vírus possa desafiar vacinas e sistemas imunológicos naturais.

Variante brasileira do coronavírus pode aumentar carga viral em 10 vezes

Um estudo realizado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisou a variante P.1, detectada originalmente no Amazonas, e concluiu que ela tem o poder de se replicar mais dentro do corpo, causando maior carga viral nos pacientes.

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Entre os pacientes analisados no estudo, ainda não revisado por pares, mas disponível neste link, houve um aumento da carga viral consistente entre quase todos os grupos acompanhados. O único em que não houve diferença foi o formado por homens de mais de 59 anos, o que pode ser explicado por uma resposta imunológica mais fraca nesta população.

Medidas de prevenção

A variante brasileira já se espalha pelo resto do Brasil. Para reduzir os riscos de surtos e reinfecções, Nuno Faria, virologista do Imperial College London, sugere o dobro de precauções para diminuir a velocidade de disseminação. O uso de máscaras e a prática do distanciamento social são ações que podem proteger contra a cepa.

Paralelamente, a vacinação vai ajudar a controlar a transmissão e proteger os contaminados de infecções graves. “É preciso aumentar os esforços de vacinação o mais rápido possível”, alerta Faria. “É preciso estar um passo à frente do vírus.”

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