Anvisa vai permitir importação direta de medicamentos para intubação

Pelo menos dezoito estados têm risco de desabasecimento de remédios fundamentais para o tratamento da Covid-19 grave

Foto: Foto: O Antagonista
O principal objetivo é garantir a disponibilidade de anestésicos, relaxantes musculares e sedativos do chamado 'kit intubação'

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai permitir a importação direta de insumos por hospitais e redes hospitalares para agilizar o acesso a medicamentos de intubação e equipamentos de suporte ventilatório.

Segundo a Anvisa, as medidas regulatórias emergenciais ainda serão detalhadas, mas elas garantirão a flexibilização de critérios para a aquisição desses insumos.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou em suas redes sociais sobre o assunto:


Em pelo menos 18 estados, o chamado “kit intubação” dura, no máximo, 20 dias. A informação foi dada na última quinta-feira pelo Fórum de Governadores. No mesmo dia, os governadores encaminharam ofício ao Ministério da Saúde para solicitar a compra emergencial de medicamentos para intubação.

Ainda nesta sexta, segundo o G1, a Anvisa afirmou que empresas fornecedores de insumo sem registro na agência devem entrar em contato com o órgão. A Anvisa também pediu que empresas que não possam fornecer insumos a curto prazo não entrem com pedido de regulação nesse momento.

"A Anvisa poderá, mediante uma avaliação de benefício-risco realizada por um Comitê interno, conceder um registro desses medicamentos mediante termo de compromisso para apresentação de provas posteriores", informou a agência a respeito de empresas fornecedoras de insumos ainda sem registro.

A intenção da Anvisa é facilitar o acesso a medicamentos utilizados em UTI para intubação, entre outros procedimentos.