No começo do ano, uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) esteve em Wuhan, na China, para investigar o que teria sido a origem da pandemia da Covid-19. Agora, um relatório sobre os estudos está para ser divulgado e quatro hipóteses são ditas como as principais.
A entrega desse relatório atrasou após uma disputa entre EUA e China sobre o conteúdo do documento. Ainda não se tem certeza sobre qual a versão da análise vai ser divulgada de forma oficial, mas cientistas que estiveram nas pesquisas explicaram para a Associated Press alguns detalhes da investigação.
Ao todo, epidemiologistas internacionais, cientistas de dados, veterinários, especialistas de laboratório e segurança alimentar, assinam o documento.
Apesar da expectativa, não há uma resposta definitiva, apenas sugestões do que poderia ter causado o vírus que, até o momento, matou 2,7 milhões de pessoas no mundo.
Origem da Covid-19
Um mercado da cidade chinesa é apontado como o local de origem da pandemia
de Covid-19.
A principal probabilidade é de que o vírus tenha passado de um morcego
para um segundo animal intermediário para depois chegar nos humanos. Isso é dado como provável pela dificuldade do vírus de passar diretamente de um morcego para uma pessoa. Esse segundo animal ainda é desconhecido.
A segunda hipótese trata justamente da não existência de um animal intermediário, apesar de improvável, há condições que permitam sob determinadas circunstancias que o vírus passe diretamente do morcego para um humano.
A terceira probabilidade ainda envolve o animal voador. Dessa vez o vírus poderia ter passado do morcego para alimentos congelados que, uma vez consumidos por humanos, poderiam transmitir a doença.
A última possibilidade discutida para a origem da Covid-19 é justamente a de um vazamento no Instituto de Virologia de Wuhan. A tese é defendida pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, mas tratada com ceticismo pela OMS, que classificou a hipótese como “muito improvável”.
Você viu?
“Espero que este relatório seja apenas um primeiro passo para investigar as origens do vírus e que a secretaria da OMS provavelmente diga isso”, explicou o diretor da Iniciativa de Política e Governança Global da Universidade de Georgetown no Instituto O’Neill, Matthew Kavanagh.
A ida para Wuhan é dada como a primeira etapa da busca para saber as origens do vírus. A OMS diz não se tratar de uma investigação, mas de uma colaboração entre países, inclusive da China, para descobrir onde começou a pandemia.
Via Estadão