No pico da pandemia em 2020, o conselho de secretarias elaborou um modelo do que recebeu críticas por incluir como critério a idade do paciente
Foto: Tempura/iStock
No pico da pandemia em 2020, o conselho de secretarias elaborou um modelo do que recebeu críticas por incluir como critério a idade do paciente

O Brasil enfrenta o pior momento da pandemia de Covid-19. Por isso, o conselho de secretarias municipais de Saúde debateu, na última sexta-feira (26) um modelo de triagem para definir quais pacientes terão tratamento convencional e quais receberão atendimento paliativo em casos de colapso hospitalar.

De acordo com reportagem de Folha de São Paulo, a médica Lara Kretzer afirmou na reunião que o ideal seria não precisar fazer uma escolha que, ao extremo, pode significar decidir quem vive e quem morre, mas que é obrigação ética estar preparado para isso. "Idealmente, a gente não gostaria de usar triagem. O que a gente gostaria é que tivesse dado conta de fazer o atendimento de cada brasileiro que precisa de um serviço de saúde", disse a médica no encontro.

Ea afirmou ainda que os hospitais devem criar comissões de triagem com três profissionais experientes e, de preferência, um representante da área da bioética e da comunidade local.

No pico da pandemia em 2020, o conselho de secretarias elaborou um modelo do que recebeu críticas por incluir como critério a idade do paciente. Agora, a médica explicou que esse parâmetro foi excluído. A pontuação agora se dá, entre outros fatores, pela gravidade e pela existência de doenças crônicas.

O paciente que não passa na triagem para um recurso escasso, como um leito de UTI, deve receber "o melhor cuidado disponível para alívio dos seus sintomas e, na eventualidade da morte, que ele possa receber os cuidados de final de vida e sedação paliativa", disse Lara.

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