O perfil da vacina Sputnik V no Twitter afirmou nesta quinta-feira (29) que vai processar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por "espalhar informações falsas e imprecisas intencionalmente".
Na última segunda-feira, a Anvisa negou pedido de importação feito por governadores para trazer a vacina russa para o Brasil. Em sua análise, a Anvisa afirmou que não há comprovações suficientes sobre a segurança do imunizante.
Confira o tuíte:
Em sua análise, a Anvisa considerou que há vírus que replicam e que não se sabe quanto tempo ficam presentes no corpo humano, o que não é desejável e pode gerar risco à saúde dos pacientes, principalmente aqueles com sistema imune comprometido. Os fabricantes da Sputnik V, no entanto, têm contestado essa informação.
Em outra publicação, o perfil da Sputnik V afirma que a Anvisa não testou a vacina:
"Anvisa fez declarações incorretas e enganosas sem ter testado a vacina Sputnik V real. E desconsiderando ofício de Gamaleya Inst. que nenhum RCA está presente, e apenas vetores não replicantes são usados com E1 deletado", afirma a publicação.
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A apresentação feita pela área técnica da Anvisa na segunda-feira (26) contesta essa posição. De acordo com uma reprodução de um documento enviado pela Sputnik V, anexado na apresentação, os fabricantes da vacina admitiam a possibilidade de formação de adenovírus replicantes. O GLOBO apurou que aliado ao documento citado, os técnicos analisaram laudos que demonstravam a presença de vírus replicante nos lotes.
"Durante a propagação de partículas de adenovírus recombinantes na cultura de células HEK293, como resultado da recombinação homóloga entre o DNA recombinante de partículas de adenovírus e a sequência adenoviral integrada no genoma celular, adenovírus competentes para replicação podem ser formados", diz o documento anexado pela Anvisa.
O GLOBO questionou a Anvisa sobre a declaração dos fabricantes da Sputnik V, mas ainda não obteve resposta.