João Doria
Foto: Eduarda Esteves/iG
João Doria

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), 63, anunciou em suas redes sociais que vai ser vacinado contra a covid-19 nesta sexta-feira (7).

Questionado pela demora, já que poderia ter recebido a primeira dose do imunizante no dia 29 de abril, Doria explicou que estava aguardando o intervalo de 15 dias devido à dose já recebida contra a gripe.

"Tomei a vacina contra gripe junto com minha família no dia 22/04. Recebi orientação médica para respeitar intervalo vacinal de 15 dias, para tomar outra vacina. Amanhã, dia 7, poderei tomar a vacina contra Covid-19. E assim farei, por ter 63 anos. Viva a vida! Viva a vacina!", escreveu o tucano no Twitter.




Atraso do IFA

Na rede social, o governador de São Paulo falou ainda sobre recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro à China. "Registro profunda preocupação com sucessivas manifestações de ataques à China e ao povo chinês, pelo Ministro Paulo Guedes e presidente Bolsonaro. As declarações desastrosas impactam na liberação dos insumos para produção das vacinas contra Covid-19 no Brasil. Lamentável", publicou.

Hoje (6), o Instituto Butantan informou que pode atrasar entregas da CoronaVac, vacina contra a Covid-19 feita em parceria com o laboratório chinês Sinovac, ao Ministério da Saúde por falta de insumo farmacêutico ativo (IFA) importado da China. O presidente da instituição, Dimas Covas, atribuiu o possível atraso à a postura do governo Jair Bolsonaro em relação ao país asiático.

"Embora a Embaixada da China no Brasil venha dizendo que não há esse tipo de problema, a nossa sensação, de quem está na ponta, é de que existe dificuldade. Uma burocracia que está sendo mais lenta que o habitual e autorizações com volumes cada vez mais reduzidos. Isso obviamente tem impacto, essas declarações têm impacto e nós ficamos à mercê dessa situação", disse Dimas Covas.

"Nós temos que entregar até o dia 14 o restante - que vai totalizar 5 milhões de doses - do IFA de 3 mil litros e, após isso, não temos mais matéria-prima para processar... Pode faltar? Pode faltar, e aí nós temos que debitar isso principalmente ao nosso governo federal, que tem remado contra", acrescentou.

Bolsonaro insinuou em discurso, na última quarta-feira (5) que o novo coronavírus pode ter sido criado pela China como parte de uma  "guerra bacteriológica", nas palavras do presidente.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, também disse em uma reunião que a Covid-19 teria sido criado por chineses.

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