Ao recusar as ofertas de vacinas contra o novo coronavírus oferecidas pela farmacêutica norte-americana Pfizer , o Brasil perdeu 14 mil mortes por covid que poderiam ter sido evitadas, de acordo com o cálculo foi realizado pelo epidemiologista Pedro Hallal. As informações são da Folha de S.Paulo.
A conta realizada pelo médico "estima que 14 mil óbitos poderiam ter deixado de ocorrer considerando uma margem de erro que varia de 5.000 a 25 mil óbitos, chamado intervalo de confiança, caso essas doses tivessem sido adquiridas."
A pesquisa baseia-se nos seguintes parâmetros: um terço da população com anticorpos, letalidade do coronavírus na população brasileira de 1% e eficácia de 94% do imunizante.
Ao todo, de acordo com o representante da Pfizer
no Brasil, Carlos Murillo, foram ignoradas ao menos cinco ofertas de vacinas - de 70 milhões de doses - por parte do governo federal.
Você viu?
Até o momento, foram entregues cerca de 2,2 milhões de doses da vacina. Caso o contrato oferecido - que foi ignorado - tivesse sido aceito pelo governo Bolsonaro
, o Brasil teria hoje 4,5 milhões de doses em solo nacional.
O acordo fechado em março deste ano prevê a chegada de 14 milhões de vacinas no segundo trimestre e 86 milhões no segundo trimestre. A oferta inicial da farmacêutica norte-americana previa a entrega de 1,5 milhões de doses em 2020, 3 milhões no primeiro trimeste deste ano, 14 milhões no segundo trimestre e 51,5 no terceiro e quatro trimestre de 2021.