Cemitério público de Manaus, Nossa Senhora Aparecida, localizado no bairro Tarumã
Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real
Cemitério público de Manaus, Nossa Senhora Aparecida, localizado no bairro Tarumã

O Brasil atingiu 450 mil mortes nesta terça-feira (24), dia em que completou 20% da população com pelo menos uma dose de vacina. No entanto, o país ainda não atingiu a marca de 10% de imunizados, ou seja, de brasileiros com as duas aplicações.

Os dados são consórcio de veículos de imprensa formado por O GLOBO, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que compila informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde.

— Sendo otimista, espero que o ritmo de vacinação seja melhor no segundo semestre. Até agora nem o cronograma do ministério (de doses entregues) a gente conseguiu atingir, por causa dos problemas com a China que atrasou a entrega do IFA. Cada hora que acontece isso vai atrasando mais — explica Ethel Maciel, epidemiologista da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) — Mas o maior volume da Pfizer vem no segundo semestre, e a Fiocruz passará a fazer o IFA no Brasil, o que vai melhorar bastante. Só que tudo depende do governo, da diplomacia, dos repasses de recursos e da compra da Pfizer chegar.

Nas últimas 24 horas, foram registradas 841 mortes e 37.563 casos de Covid-19 no país. Com isso, são 450.026 óbitos e 16.121.136 infectados desde o começo da pandemia.

A média móvel de sete dias do número diário de mortes no país agora está em 1.881, o que representa variação de -5% (tendência de estabilidade) nas últimas duas semanas. Essa é a menor média móvel de mortes dos últimos 70 dias.

Os três estados com maior aumento (ou menor redução) percentual no número de mortes são Amapá (41%), Piauí (32%) e Mato Grosso do Sul (21%).

A média móvel de sete dias se refere aos números de mortes e casos do dia e dos seis anteriores. A medida é comparada com a média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda na epidemia. O cálculo é um recurso para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por redução de mão-de-obra.

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Das 27 unidades da federação, 4 estão com o número de óbitos em viés de elevação nas últimas duas semanas, e 5 estão com os números em queda. Outras 18 permaneceram em tendência estável (variação menor de 15% para mais ou para menos).

Levando em conta o número diário de resultados positivos em diagnósticos, a última quinzena teve variação de 8% (tendência de estabilidade) em escala nacional.

O Brasil conseguiu aplicar a primeira dose de vacina contra Covid-19 até agora em 42.539.769 pessoas (20,09% da população), e 20.935.857 já receberam a segunda dose, o que representa uma cobertura vacinal completa de 9,89%.

O três estados que mais avançaram agora em aplicação da primeira dose foram Rio Grande do Sul (25,82%), Mato Grosso do Sul (25,57%) e São Paulo (22,96%). Os que mais estão atrasados na aplicação da vacina são Rondônia (12,26%), Roraima (12,39%) e Amapá (13,84%).

Até a manhã desta segunda-feira, o Brasil ocupava o 2º lugar entre os países que mais registraram mortes por Covid-19 até agora, segundo dados do projeto Our World In Data, ligado à Universidade de Oxford. Os cinco países que notificaram mais óbitos desde o início da pandemia são, do primeiro ao quinto, Estados Unidos, Brasil, Índia, México e Reino Unido.

Ao longo dos últimos 7 dias, o Brasil foi o 2º país que mais teve mortes pelo coronavírus, com 13.317 registradas no período. Os cinco países com maiores números absolutos em óbitos por Covid-19 nesta semana foram, em ordem, Índia, Brasil, Estados Unidos, Argentina e Colômbia.

O número relativo de pessoas mortas pela doença no país é de 2.112,7 por milhão de habitantes. No grupo de 58 países com mais de 20 milhões de habitantes no mundo, o Brasil ocupa o 1º lugar em mortalidade proporcional por Covid-19. Os países que lideram a lista de mortes em relação a suas populações são Brasil, Itália, Peru, Polônia e Reino Unido.

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