O Senado aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que dá prioridade a gestantes, puérperas (mulheres até 45 dias pós-parto) e lactantes (mães que amamentam) para receberem a vacina contra a Covid-19. O texto inclui, ainda, jovens de até 18 anos com deficiência, comorbidade ou em privação de liberdade.
Aprovado em votação simbólica, a proposta de autoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN) segue para a Câmara dos Deputados. A relatora, Zenaide Maia (Pros-RN), argumenta que uma vacina pode ajudar a imunizar duas pessoas:
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— São inúmeros os estudos que demonstram a transferência passiva da imunidade humoral da mãe para o bebê em diversas infecções virais, e a Covid-19 não é uma exceção. Já foram detectados anticorpos contra o novo coronavírus no leite materno de lactantes vacinadas e daquelas convalescentes da doença, ou seja, com a vacinação da mãe obtemos também a proteção imunológica da criança ao mesmo tempo.
O projeto, que originalmente só contemplava mulheres, inseriu crianças e adolescentes a partir de emenda apresentada pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES). Nesse caso, a medida dependerá do registro ou da aprovação de uso emergencial de imunizantes para menores de idade pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Até o momento, só a Pfizer detém essa autorização no Brasil, com idade a partir dos 12 anos.