Apesar de certificado sanitário obrigatório, número de casos continua a subir no país
Reprodução: iG Minas Gerais
Apesar de certificado sanitário obrigatório, número de casos continua a subir no país

O aumento significativo de novos casos de coronavírus, o governo da Itália voltou a considerar a possibilidade de exigir a vacinação contra a doença, pelo menos para alguns grupos de pessoas.

Hoje em dia, o país tem aproximadamente 83% do seu público-alvo (a partir de 12 anos) com esquema vacinal completo. Porém, mais de 7,3 milhões de habitantes que poderiam estar completamente imunizados não tomaram sequer a primeira dose.

“A obrigação vacinal para algumas categorias não é um tabu, e estamos prontos a levá-la em consideração. Vamos ver os dados de vacinação nas próximas semanas, mas desejamos que o senso de responsabilidade prevaleça”, disse nesta segunda-feira (3) o subsecretário do Ministério da Saúde, Andrea Costa, à emissora universitária Rádio Cusano.

Atualmente, a média móvel de casos de Covid em uma semana na Itália está em 4.264, índice 38% maior do que em setembro. Já o número de internações diárias em UTIs apresenta tendência de alta há cerca de duas semanas.   

Por outro lado, a média de mortes segue estável em menos de 40 por dia. Porém, é importante considerar que esse é sempre o último indicador a responder a movimentos de aceleração ou desaceleração na pandemia.   

Agora, as autoridades italianas estão receosas em relação às consequências da falta de vacinação em mais de 7 milhões de pessoas. O maior temor é que, sem imunização, essas pessoas façam com que o vírus Sars-CoV-2 continue circulando em larga escala pelo país.   

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Trieste, uma província do nordeste da Itália, tem preocupado as autoridades depois que os casos de Covid-19 dispararam entre seus habitantes. Ainda em outubro, essa mesma localidade registrou grandes protestos contra o certificado sanitário do governo, que é exigência para a realização de inúmeras atividades. Ele pode ser tanto de vacinação quanto de cura ou testagem contra o coronavírus, porém, com o aumento no número de casos, a medida demonstra ter atingido o teto de sua capacidade de estimular a imunização.   

“Aquilo que protege é a vacina, não o exame. Não é correto que quem se vacinou tenha de se submeter a medidas restritivas por causa de uma minoria que não se vacinou. As escolhas não são muitas: prosseguir com medidas restritivas inclusive para quem se vacinou, introduzir distinções ou estabelecer obrigação vacinal para algumas categorias, como maiores de 50 ou 60 anos ou grupos em contato próximo com o público”, explicou Costa.   

Houve um crescimento no número de doses aplicadas entre 10 e 16 de outubro (1.283.961, contra 1.057.099 do período anterior), semana em que entrou em vigor a obrigatoriedade do chamado “passe verde” em locais de trabalho. Porém, esse indicador voltou a cair nas duas semanas seguintes (1.124.081 e 1.066.374).


Até o momento, a Itália contabiliza quase 4,8 milhões de casos e 132.161 mortes desde o início da pandemia. (ANSA).

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