O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, fez uma declaração dura sobre a covid-19, em meio a uma preocupante expansão da doença no país.
"Ao final do inverno (no hemisfério norte), todos na Alemanha estarão vacinados, recuperados ou mortos", disse o ministro em entrevista coletiva na capital, Berlim.
A Alemanha está chegando a uma quarta onda de um surto de coronavírus: os casos estão aumentando rapidamente, a taxa de infecção está no nível mais alto desde o início da pandemia e muitos hospitais já estão cheios.
O país tem também uma das mais baixas taxas de vacinação da Europa Ocidental, com 68% da população totalmente imunizada.
Nas últimas 24 horas, ocorreram 30.643 novas infecções — 7 mil a mais do que há uma semana.
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Restrições mais duras estão sendo implementadas no país, como a proibição da entrada de pessoas não vacinadas em certos locais e o cancelamentos de alguns dos famosos mercados de Natal.
Spahn disse ser contra tornar as vacinas contra a covid-19 obrigatórias, mas colocou que imunizar-se é uma "obrigação moral", já que isto afeta outras pessoas.
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"Liberdade significa assumir responsabilidades, e é um dever com a sociedade ser vacinado", afirmou o ministro alemão.
Ele acrescentou que a altamente contagiosa variante Delta está impulsionando a recente onda e que "quem não for vacinado ficará, nos próximos meses, infectado e sem proteção."
Na entrevista coletiva, Spahn chamou a vacina da Moderna, feita nos Estados Unidos, de "Rolls-Royce" das vacinas, um estímulo para evitar que a alta demanda pelas doses de Pfizer/BioNTech produzidas no país acabe levando ao esgotamento dos estoques. Segundo ele, 16 milhões de doses da Moderna podem expirar nos próximos meses se não forem usadas.
Desde o início da pandemia, mais de 99 mil pessoas morreram na Alemanha pela covid-19, e um total de 5,4 milhões de pessoas foram infectadas com o coronavírus.
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