Durante um evento no Palácio da Cidade, em Botafogo, nesta quinta-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), afirmou que será do Comitê Científico do município a atribuição de dizer se haverá ou não o réveillon na capital fluminense. A festa da virada deste ano já foi cancelada em pelo menos 14 capitais brasileiras. A decisão foi justificada pelo avanço da variante Ômicron, que pede cautela com aglomerações. A nova cepa chegou ao Brasil e tem três casos confirmados.
O chefe do executivo municipal pontuou que, antes do dia 20 de dezembro, o martelo já está batido.
"Quem vai dizer se terá a festa de réveillon é o Comitê Científico (da Secretaria municipal) de Saúde. Se houver risco, não faremos", disse Paes, que completou:
"Vamos esperar até que o comitê diga se pode ou não (fazer a festa). Eu disse algumas vezes que é muito mais fácil você cancelar uma festa já programada do que fazer uma festa que não foi programada."
Veja a lista de cidades que cancelaram a festa de fim de ano:
- Aracaju;
- Belém;
- Belo Horizonte;
- Brasília;
- Campo Grande;
- Curitiba;
- Florianópolis;
- Fortaleza;
- João Pessoa;
- Macapá;
- Palmas;
- Recife;
- São Luís;
- Teresina.
Prefeito recua sobre exigência de 'passaporte da vacina'
Duas horas após assinar um decreto que ampliava a abrangência do "passaporte da vacina", Paes recuou e afirmou que houve "exagero" no documento desta quinta-feira e que amanhã vai rever a exigência do pedido comprovante vacinal para entrar em táxis — o que também seria estendido a carros de aplicativo — e shoppings da cidade.
Inicialmente, o decreto fez aumentar a lista de estabelecimentos em que é exigida a comprovação da imunização contra a Covid-19, sendo necessária a apresentação do certificado para acessar shoppings, ir a áreas internas ou com cobertura de restaurantes e bares, se hospedar em hotéis e utilizar serviços de transporte individual (confira a lista completa abaixo). A medida já vale a partir desta quinta-feira.
"Temos que ver a praticidade e a efetividade do decreto. Tem umas áreas que foi um exagero, como o táxi e shopping. Não acho necessidade disso e, por isso, vamos recuar o pedido para táxi e shopping amanhã", disse Paes. "Eu não tinha detalhes de todas as áreas e quando eu vi táxi e shopping decidi tirar. Temos que fazer algo cumprível. A gente não pode exigir o que não vai ser cumprido. O que temos é cumprível", acrescentou.