O novo pico de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron no Rio já é três vezes maior que o anterior, no auge da onda causada pela cepa Delta na cidade. Segundo dados da prefeitura do Rio, a média móvel de novas infecções na última segunda-feira atingiu a marca de 6.338 casos. Até o estabelecimento da Ômicron, o indicador nunca havia ultrapassado 2 mil casos diários, chegando ao máximo de 1.985 no dia 16 de agosto de 2021. E há um mês o índice era apenas de 65 casos.
Os novos números da pandemia também mostram que o último dia 10 também se tornou o com maior número de pessoas infectadas pela doença, com 7.729 casos. Até a chegada da Ômicron, o maior número em um único dia era de 3.600, no fim de abril de 2020 durante na primeira onda da doença.
Média móvel de casos de Covid-19 pela data de início dos sintomas
Os dados se referem ao total de pacientes que relataram ter começado a sentir os sintomas da infecção no dia 3. Mas esse número deve subir, já que outros casos atendidos nos dias seguintes ainda devem ser inseridos no sistema.
Casos suspeitos disparam
Os números da prefeitura do Rio mostram que o número de casos suspeitos da doença na cidade disparou nas últimas semanas atingindo índices jamais vistos. Até o momento, nos primeiros sete dias de 2022 já houve registro de quase 111 mil casos de Síndrome Gripal — suspeitos, mas não necessariamente confirmados para a Covid-19. Os casos ainda estão sendo inseridos no sistema e também devem aumentar nos próximos dias. Nesta sexta-feira, por exemplo, mais de 10 mil casos foram inseridos.
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Casos de Síndrome Gripal pela data do início dos sintomas:
- De 2 a 8 de janeiro de 2022 110.919
- De 15 a 21 de agosto de 2021: 57.866
A primeira semana do ano se estabeleceu, portanto, como a recordista de casos de Síndrome Gripal até o momento. Porém, dados referentes aos casos desta semana já dão indícios que o indicador deve piorar, já que pela segunda semana seguida o Rio bateu também o recorde de número de testes feitos para o diagnóstico de Covid, com mais de 85 mil testes.
A atual taxa de positividade continua alta e atingiu esta semana a casa dos 50%, o que não ocorria desde agosto de 2020.