A medida de retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras será estudada na reunião da prefeitura
Governo do Estado de São Paulo
A medida de retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras será estudada na reunião da prefeitura

Na manhã desta segunda-feira, o secretário de Saúde da cidade do Rio, Daniel Soranz, afirmou que vai propor ao Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19 da Prefeitura “a desobrigação de todas as medidas restritivas” da capital. Uma reunião está marcada para esta segunda, às 9h, no Centro de Operações Rio (COR). O grupo vai discutir pontos como a liberação das máscaras para todos os ambientes, inclusive escolas, transportes públicos e unidades de saúde.

O GLOBO adiantou que os pesquisadores do município querem a flexibilização. Se confirmada a decisão, o Rio será a primeira capital do país a flexibilizar o uso de máscaras em ambientes fechados. A obrigatoriedade do passaporte da vacina também estará em pauta.

"Desobriga-se o passaporte vacinal, desobrigam-se as máscaras nas escolas e nos transportes públicos ou se realiza a derrubada de todas as medidas restritivas. Neste momento, o caminho da derrubada é quase certa", disse Soranz ao GLOBO, no Planetário da Gávea.

Para justificar o pedido de flexibilização, Soranz vai apresentar aos 12 integrantes os números da doença na cidade. Segundo o secretário, atualmente, a taxa de contaminação é de 0,51% e a de internação no município é de 0,9% (ou seja, apenas 46 pessoas internadas na cidade com a Covid-19).

"A discussão será sobre a manutenção ou não. À disposição da desobrigação das máscaras em locais fechados ou específicos. Algumas pessoas defendem a manutenção das máscaras nas escolas e nos transportes. (Mas) Temos a menor taxa de Covid-19 desde a pandemia: 0,59% desde quando a doença se instalou no país. O baixo número de pessoas internadas também mostra um bom número. Vamos fazer essa apresentação do cenário epidemiológico e da alta cobertura vacinal", disse o secretário. "Se tiver alguma nova variante, obviamente vamos rever as flexibilizações."

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De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, atualmente, 63% das crianças da rede municipal (327 mil) já foram imunizadas com uma dose da vacina contra a doença. Mas entre os pequenos e pequenas, 185.965 ainda não foram vacinados.

"Sessenta e três por cento das crianças já tomaram a primeira dose da vacina. (Esse é um) Número abaixo, porque esperamos chegar a 80%. Fazemos a busca ativa com os agentes de saúde. Só na última semana, 63 mil crianças fizeram a vacinação só no município. Vemos que houve um aumento da procura dos pais nas escolas. A busca ativa com agentes comunitários está surtindo efeito também."

Menos internados

Na noite de domingo, 48 pessoas com Covid-19 estavam internadas na rede pública da capital, número que chegou a 915 no dia 22 de janeiro — pico da variante Ômicron. A taxa de testes positivos para a doença também vem caindo semana a semana, o que credencia a cidade a discutir a obrigatoriedade das máscaras, segundo a prefeitura. Nos últimos dias, a cada cem exames feitos, apenas três detectavam o coronavírus.

A vacinação também estará nesta segunda-feira na mesa de reunião. Segundo o painel Covid-19 da prefeitura do Rio, até o momento 54% da população acima dos 18 anos já tomaram a dose de reforço. Já a imunização das crianças de 5 a 11 anos está mais lenta: 33% ainda não procuraram os postos de saúde.

Na semana passada, o governo estadual abriu caminho para cada prefeitura tomar a decisão sobre a obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados ou ao ar livre. Na capital, as pessoas já podem circular sem a proteção a céu aberto desde 27 de outubro do ano passado. Porém, não se pode ainda entrar sem a peça na rosto em shoppings, supermercados, restaurantes, ônibus, academias, prédios públicos, entre outros.

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