A China reduziu para a metade o tempo de quarentena de turistas estrangeiros, anunciou, nesta terça, a Comissão Nacional de Saúde. Agora, quem visitar o país ficará sete dias isolado em um hotel e três dias em observação em um domicílio. Antes, eram 21 dias de isolamento.
Pequim fechou as fronteiras internacionais no início da pandemia, há mais de dois anos, e limitou o número de voos que chegam ao país, em uma tentativa de reduzir os casos importados.
Os turistas estrangeiros tinham que se submeter a uma penosa quarentena de 21 dias em um hotel ou centro especializado. Segundo a nova política de controle e prevenção da Covid, o isolamento passa a ser "centralizado", reduzido para sete dias.
Ainda assim, os poucos voos internacionais continuam frequentemente sujeitos a cancelamentos, já que Pequim aplica um sistema pelo qual as rotas são suspensas temporariamente com base no número de passageiros com teste positivos.
Segundo as últimas diretrizes, o novo período de quarentena também se aplica às pessoas identificadas como contato próximo de infectados.
A China é a última grande economia a manter uma estratégia de "Covid zero" para eliminar a propagação do coronavírus, por meio de testes em massa e quarentenas seletivas.
No início de junho, o país aliviou um pouco as restrições de visto para estrangeiros residentes, bem como para seus familiares que desejam visitá-los. Na sexta-feira, a aviação civil disse estar em negociações com vários países para aumentar gradualmente o número de voos para a China.
Nas últimas semanas, estudantes internacionais de vários países, incluindo Índia e Paquistão, foram autorizados a retornar à China pela primeira vez desde a pandemia. No entanto, a maioria dos analistas estima que a recuperação do turismo ainda está distante.
No final do ano, será realizado o 20º Congresso do Partido Comunista da China (PCC), durante o qual o presidente Xi Jinping deverá obter um terceiro mandato.
Dada a proximidade deste evento, considerado sensível politicamente, as autoridades querem evitar qualquer surto epidêmico.
A China também restringiu severamente as viagens ao exterior para seus cidadãos. Desde o final de 2021, os chineses não podem mais fazer viagens “não urgentes e desnecessárias”, e a maioria das renovações de passaportes foi suspensa.
Embora nos últimos meses tenha havido vozes a favor de um relaxamento das restrições sanitárias, o presidente Xi pediu em maio para que fosse mantida a política de Covid zero.
* Com informações de agências internacionais
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