A farmacêutica Pfizer divulgou um cronograma de distribuição de imunizantes que aponta que o Brasil deve receber 36,3 milhões de doses da nova geração de vacinas contra a Covid-19 até fevereiro.
Na sexta-feira (9), o país recebeu a primeira remessa com 1,4 milhão de imunizantes que também atuam na proteção contra a cepa Ômicron . O Ministério da Saúde planeja a publicação de uma nota técnica com as orientações sobre a distribuição das vacinas bivalentes e qual será o seu público.
As vacinas bivalentes são novas versões dos imunizantes aplicados atualmente. Para induzir a resposta imunológica, além de uma parte feita com a variante original do novo coronavírus, descoberta em 2019, elas também têm uma parte da variante Ômicron.
A Pfizer trabalha no desenvolvimento de dois imunizantes desse tipo: um cuja parte da Ômicron é baseada na subvariante BA.1, primeira versão da variante que circulava em janeiro, e outra com base nas subvariantes BA.4/BA.5, que predominaram durante a metade do ano até a chegada da BQ.1 e outras linhagens.
Mesmo que as vacinas não contemplem as cepas da Ômicron que têm um largo alcance hoje no Brasil e no mundo, como a BQ.1, especialistas esperam uma proteção maior das aplicações também contra elas, já que são ramificações da mesma cepa.
“As vacinas bivalentes oferecem proteção contra mais de uma cepa do vírus e devem expandir a resposta imune. Será um importante reforço para nossa campanha de vacinação”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em comunicado.
Os imunizantes atualizados receberam o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como uma dose de reforço para a população acima de 12 anos no dia 22 de novembro. Em países como os Estados Unidos, a injeção é orientada no período de 4 meses após a última dose.
As 1,4 milhão de unidades que o Brasil recebeu na sexta-feira foram da vacina adaptada para a BA.1. Duas novas entregas do mesmo imunizante estavam planejadas até esta segunda-feira, totalizando 4,5 milhões de unidades. Segundo o ministério, após chegarem ao país, as vacinas passam por avaliação e análise no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).
Em nota, a pasta afirma que nos próximos dias será publicada uma nota técnica com as informações sobre a distribuição, a aplicação dos imunizantes e o público-alvo. No entanto, ressalta que as doses atuais da vacina, disponíveis nos postos de saúde, seguem eficazes para prevenir casos graves e óbitos da doença.
Por isso, o ministério orienta que aqueles com alguma dose atrasada procurem os postos imediatamente, mesmo após o prazo, para atualizar o esquema vacinal. Apenas o ciclo completo - de três doses para todos acima de 12 anos, e quatro para os com mais de 40 - proporciona a proteção elevada contra quadros graves e mortes pela Covid-19.
Cronograma de entregas
Segundo a Pfizer, até o próximo dia 19 está prevista a entrega de mais 4,4 milhões de doses da vacina bivalente adaptada para a subvariante BA.1 da Ômicron. Junto com as 4,5 milhões enviadas até hoje, serão totalizadas 8,9 milhões de unidades da versão.
Em seguida, o Brasil deve receber cerca de 27,4 milhões de doses da outra vacina bivalente, a adaptada para as subvariantes BA.4/BA.5. Com isso, ao longo de dois meses, é esperado que 36,3 milhões de unidades de ambos os imunizantes tenham chegado ao país.
Datas de entrega e total de doses:
- 9 de dezembro (sexta-feira): 1.440.000 (BA.1)
- 11 de dezembro (domingo): 1.668.400 (BA.1)
- 12 de dezembro (segunda-feira): 1.440.000 (BA.1)
- Até 19 de dezembro (segunda-feira): cerca de 4.400.000 (BA.1)
- Até fevereiro: cerca de 27.400.000 (BA.4/BA.5)
- Total: cerca de 36.300.000 (8,9 milhões de BA.1 e 27,4 de BA.4/BA.5)
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