Foi detectado no Brasil a primeira pessoa com a variante Arcturus do coronavírus. Também chamada XBB.1.16, ela se manifestou em uma pessoa no estado de São Paulo. A primeira vez que esta variante foi sequenciada aconteceu na Índia, no mês de janeiro, e já está presente em cerca de 40 países. A notícia foi dada pelo Ministério da Saúde.
A nova cepa tem sido tratada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma variante de interesse (VOI). A definição foi dada pela rápida disseminação que a Arcturus está tendo nas últimas semanas.
Ela apresenta sintomas distintos das variantes anteriores. Agora, há a presença de conjuntivite, além de febre alta. Entretanto, especialistas dizem que ela não apresenta potencial para novas ondas de mortes e hospitalizações, além de não gerar riscos à saúde. Eles ainda confirmam que as vacinas disponíveis conseguem garantir a proteção contra a Arcturus.
A variante é de uma linhagem da BA.2, da mesma família da Ômicron, que possui uma grande capacidade de disseminação. Ela tem se alastrado por países como Índia e Estados Unidos, o que fez mudar a classificação para "variante de interesse".
O caso que foi registrado no estado de São Paulo foi comentado pelo Ministério da Saúde, que disse que a variante “não indicam riscos à saúde pública se comparada a XBB.1.5 [Kraken]”, que segue sendo a cepa mais circulada no país.
A nova variante subiu de 0,52% de incidência em fevereiro, para 4,31% atualmente. No momento, a Kraken é responsável por cerca de 45% dos casos registrados. Ainda assim, a Arcturus foi lembrada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em discurso na última quinta-feira (26): "Como ilustra o surgimento da nova variante XBB.1.16, o vírus ainda está mudando e ainda é capaz de causar novas ondas de doenças e mortes".