Figura ainda pouco popular no Brasil, ou equivocadamente atribuída aqueles que dispõem de múltiplos fundos e recursos financeiros, o médico da família está, aos poucos, sendo assimilado pela cultura brasileira - o que inclui na premissa a academia de medicina também.
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É muito comum confundir a figura do médico da família com a do clínicio geral, um médico generalista. Embora haja (muitos) pontos de conversão, eles não são essencialmente a mesma coisa. Enquanto o clínico é o primeiro acesso depois da triagem hospitalar, seja em um pronto socorro ou mesmo em uma clínica particular, o médico da família é alguém desenvolvido para atender as demandas de saúde, específicas ou rotineiras, de um paciente, ou de uma família, por toda a sua vida.
Em comum, as duas especialidades têm o fato de redistribuir o paciente para áreas que pontualmente estejam mais equipadas para atendê-lo, como neurologia, cardiologia, cirurgia geral, etc.
O médico que faz residência em medicina de família pode acompanhar, por exemplo, crianças, idosos, fazer prevenções ginecológicas, urológicas, etc. A ideal central é constituir um médico de confiança do núcleo familiar que possa representar não somente fácil acesso a demandas específicas, como baratear até mesmo despesas extraordinárias com a saúde. Isto porque ter à disposição um médico da família, com intimidade com o histórico de cada ente, facilita dinâmicas de prevenção, diagnóstico e mesmo tratamento.
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"É um trabalho longetudinal", argumenta Filipe Loures, médico de família e comunidades. "Esse profissional é formado justamente para fazer a gestão da saúde dessas pessoas, por isso cria-se um vínculo muito importante, porque ele centraliza esse papel".
Loures observa, ainda, que além de orquestrar junto a outros médicos eventualmente necessários o apoio, esse profissional desobstrui um dos maiores desafios dos consultórios atualmente: o Google. Nesses tempos digitais, a grande maioria dos pacientes já chega autodiagonistacada exigindo do médico um esforço de convencimento maior.
Ao estabelecer uma relação com um médico da família , o Google passa a ocupar a função acessória que deve ter em termos de gestão de saúde. Curiosamente, são esses mesmos tempos digitais, que empoderaram a telemedicina, que fazem com que o médico da família ostente um protagonismo que, se é comum em países desenvolvidos como EUA e Canadá, ainda precisa dessa tração cultural para pegar por aqui.
As vantagens inerentes à constituição de um médico da família o mais rápido possível, bem como estratégias para fazê-lo da maneira menos dispendiosa possível, serão temas da 1ª Semana da Saúde promovida pelo portal iG , entre os dias 14 e 18 de junho. Spoiler: a telemedicina é ponto vital nessa equação. Para participar do evento, basta se inscrever abaixo: