Médico da família é ponte para vida mais saudável e menos despesas com a saúde

Parte fundamental de um planejamento de saúde da família eficiente, profissional vem sendo redescoberto no Brasil.

Figura ainda pouco popular no Brasil, ou equivocadamente atribuída aqueles que dispõem de múltiplos fundos e recursos financeiros, o médico da família está, aos poucos, sendo assimilado pela cultura brasileira - o que inclui na premissa a academia de medicina também. 

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Foto: shutterstock
médico

É muito comum confundir a figura do médico da família com a do clínicio geral, um médico generalista. Embora haja (muitos) pontos de conversão, eles não são essencialmente a mesma coisa. Enquanto o clínico é o primeiro acesso depois da triagem hospitalar, seja em um pronto socorro ou mesmo em uma clínica particular, o médico da família é alguém desenvolvido para atender as demandas de saúde, específicas ou rotineiras, de um paciente, ou de uma família, por toda a sua vida. 

Em comum, as duas especialidades têm o fato de redistribuir o paciente para áreas que pontualmente estejam mais equipadas para atendê-lo, como neurologia, cardiologia, cirurgia geral, etc. 

O médico que faz residência em medicina de família pode acompanhar, por exemplo, crianças, idosos, fazer prevenções ginecológicas, urológicas, etc. A ideal central é constituir um médico de confiança do núcleo familiar que possa representar não somente fácil acesso a demandas específicas, como baratear até mesmo despesas extraordinárias com a saúde. Isto porque ter à disposição um médico da família, com intimidade com o histórico de cada ente, facilita dinâmicas de prevenção, diagnóstico e mesmo tratamento.

"É um trabalho longetudinal", argumenta Filipe Loures, médico de família e comunidades. "Esse profissional é formado justamente para fazer a gestão da saúde dessas pessoas, por isso cria-se um vínculo muito importante, porque ele centraliza esse papel". 

Loures observa, ainda, que além de orquestrar junto a outros médicos eventualmente necessários o apoio, esse profissional desobstrui um dos maiores desafios dos consultórios atualmente: o Google. Nesses tempos digitais, a grande maioria dos pacientes já chega autodiagonistacada exigindo do médico um esforço de convencimento maior. 

Ao estabelecer uma relação com um médico da família , o Google passa a ocupar a função acessória que deve ter em termos de gestão de saúde. Curiosamente, são esses mesmos tempos digitais, que empoderaram a telemedicina, que fazem com que o médico da família ostente um protagonismo que, se é comum em países desenvolvidos como EUA e Canadá, ainda precisa dessa tração cultural para pegar por aqui.

As vantagens inerentes à constituição de um médico da família o mais rápido possível, bem como estratégias para fazê-lo da maneira menos dispendiosa possível, serão temas da 1ª Semana da Saúde promovida pelo portal iG , entre os dias 14 e 18 de junho. Spoiler: a telemedicina é ponto vital nessa equação. Para participar do evento, basta se inscrever abaixo: