
O orgasmo é um assunto que desperta curiosidade em muitas pessoas. Uma das questões mais comuns é sobre a frequência ideal de orgasmo . Ou seja, quantas vezes por semana ou por mês seria saudável ter um orgasmo .
Qual seria a frequência ideal de orgasmo?
Uma frequência saudável de orgasmos depende muito de como ele acontece. Porque podemos ter diversos tipos de orgasmo ( falo quais são mais para frente no texto ), que vêm por meio de diversos estímulos e de diferentes formas.
Ter muitos orgasmos é maravilhoso e, sim, não devemos aceitar viver uma vida sexual sem nunca ou muito pouco o experimentar. Porém, como você vai se estimular ou ser estimulada para chegar ao ápice do prazer é o ponto crucial.
Quando ampliamos nosso repertório de estímulos de prazer e exploramos diferentes áreas do corpo, podemos ter muitos orgasmos de diferentes formas, inclusive orgasmos múltiplos!
Ao desbravar mais todo o corpo (e não só o clitóris, por exemplo) e ao ativar diferentes nervos, ampliamos o nosso potencial orgástico.
E mais: precisamos saber que essa diversificação contribui para não prejudicarmos a nossa sensibilidade, ao estimular excessivamente uma única área.
Ou seja, o saudável não é uma questão só de quantidade e frequência de orgasmo, mas, sim, de diversificação e qualidade .
Tipos de orgasmo
Para entender a frequência ideal de orgasmo é importante a gente falar sobre como alcançar e sobre os diferentes tipos de orgasmo.
Isso porque é fundamental não se apegar a apenas uma forma e, com isso, desconhecer tantas outras formas potentes de ter e dar prazer.
Alguns tipos de orgasmo são:
Orgasmo clitoriano
- É o tipo mais comum para as mulheres e acontece através da estimulação do clitóris, que tem mais terminações nervosas do que qualquer outra parte do nosso corpo.
- Alternar movimentos circulares, de sobe e desce ou outros (que cada mulher deve descobrir o que lhe dá prazer) ajuda a ativar esse sensor tão maravilhoso e chegar ao orgasmo. Saiba tudo sobre masturbação feminina aqui .
- Mas atenção: o clitóris é muito sensível e não precisa de toques muito fortes, do tipo que o pressionam para dentro. Afinal, o clitóris também é um músculo que precisa ser fortalecido e colocado “para fora”, e assim ficar mais sensível e dar mais prazer.
- Se você só sente prazer se aplicar força, o seu clitóris pode estar mais “dessensibilizado”. Leia mais aqui sobre isso e o uso de vibradores.
- Tente reduzir a intensidade e buscar a sensibilidade com toques mais suaves, respeitando a anatomia do clitóris.
Orgasmo cervical
- É um orgasmo super potente! Ele acontece com a estimulação do cérvix, uma “esponjinha” que fica no solo útero e possui inervações diferentes das encontradas na região do clitóris.
- O nervo vago é um dos principais. Ele é responsável por trazer bem-estar e uma sensação de expansão e alegria, pois está conectado com nosso sistema nervoso parassimpático.
- E é isso que o orgasmo cervical proporciona: um orgasmo de expansão, de corpo inteiro. Isso porque ele não se limita à região genital, mas se expande para todo o corpo, graças ao nervo vago, que vagueia por vários órgãos, desde a base do pescoço até o cérvix.
- Para alcançar esse orgasmo, é preciso tocar o nosso cérvix de forma prazerosa, o que só acontece quando estamos muito excitadas e o nosso canal vaginal “se alonga”, deixando o cérvix mais no “alto”.
- Com algumas batidinhas de forma constante nele ou com a penetração e movimentos de rebolar, você pode chegar no orgasmo cervical e experienciar essa delícia de orgasmo.
Orgasmo nos seios
- Como o nome diz, é o orgasmo que temos quando tocamos nossos seios ou somos tocadas ali.
- O toque pode ser com a ponta dos dedos ou com toda a palma da mão, em movimentos circulares, com alternância de temperatura, utilizando gelo e o calor das mãos.
- Também pode ocorrer quando recebemos beijos, carícias e lambidas ali, principalmente no bico dos seios.
- É uma gama extensa de possibilidades que podem despertar a sensibilidade na região e aumentar o prazer.
- E, sim, você pode chegar a ter um orgasmo ao tocar os seios. Não da mesma forma que você sente o orgasmo clitoriano, é mais parecido com o orgasmo cervical de corpo inteiro.
Tomando banho
- Talvez você até estranhe, mas, como você pode ter percebido, somos capazes de sentir um prazer que aumenta, expande e nos faz sentir mais vivas — e isso vale, inclusive, para a hora do banho.
- Ao sentir diferentes temperaturas da água no seu corpo, como uma gelada tocando o bico dos seus seios arrepiados, ou aquela água quentinha escorrendo por cada parte do seu corpo…
- Quando você se entrega para as sensações e se coloca presente, sentindo todo o seu corpo, você pode se surpreender e vivenciar diferentes formas de ápice do prazer no seu dia a dia, que não se resumem somente aos genitais e muito menos ao clitóris.
Malu Paes Leme
Malu Paes Leme é Analista Corporal, Mentora, formada em Terapia Menstrual e Sexóloga. Realiza atendimentos online e individuais, e oferece mentoria em seus cursos e Jornadas no autoconhecimento do corpo feminino que é cíclico e orgástico, e que empoderam mulheres para viver com mais autoconfiança, autonomia e poder pessoal.
malupaesleme@gmail.com