A fibromialgia é uma síndrome classificada como um tipo de reumatismo de partes moles (ou seja, não afeta ossos e articulações) que provoca dores no corpo todo: pescoço, costas, mãos e pés, por exemplo. Outros sinais são sono não repousante, cansaço, dificuldade de memorização e concentração e alteração de humor.
No Brasil, o distúrbio leva quase cinco anos para ser diagnosticado, após a paciente ter consultado, em média, sete médicos. A cada dez pessoas com a condição, nove são mulheres .
O que muitos também não sabem é que a fibromialgia tem relação com problemas intestinais. A síndrome do intestino irritável (SII), por exemplo, está presente em quase 60% dos casos da doença, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia .
Apesar de a ligação não ser completamente compreendida pela medicina, é muito importante adotar cuidados com a saúde gastrointestinal para prevenir quadros de constipação, diarreia e outros incômodos.
Como tratar a SII?
Normalmente, pacientes com a síndrome do intestino irritável devem buscar uma dieta de baixa FODMAP (uma sigla para designar carboidratos osmóticos, geralmente fibras , que podem ser de difícil digestão para algumas pessoas).
Portanto, devem evitar alimentos ricos em FODMAPs, entre eles: xarope de milho, mel, maçã, pera, manga, aspargos, cereja, melancia, sucos de frutas, leite de vaca, leite de cabra, leite de ovelha, iogurte, nata, creme, queijo ricota e cottage, cebola, alho, alho-poró, trigo, cuscuz, farinha, massa, centeio, caqui, melancia, chicória, alcachofra, beterraba , aspargos, cenoura, quiabo, couve , lentilhas, grãos de bico, feijão, ervilha, soja, damasco, pêssego, ameixa, lichia, couve-flor e cogumelos.
Isso porque os alimentos ricos em FODMAPs são carboidratos fermentáveis não digeridos pelo trato digestivo humano , como oligossacarídeos, fruto-oligossacarídeos (FOS) e galacto-oligossacarídeos (GOS), dissacarídeos como a lactose e monossacarídeos como a frutose . No grupo dos polióis estão principalmente o sorbitol e o manitol.
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A dieta de baixo FODMAP geralmente é prescrita temporariamente, até que os alimentos gatilhos sejam identificados, pois como o aporte de probióticos da dieta é baixo, se for mantida por muito tempo pode levar a quadros de constipação e dibiose. Por ser uma dieta que oferece riscos, deve obrigatoriamente ter orientação profissional .
Além do tratamento clínico com reeducação alimentar e mudanças de hábitos, alguns medicamentos e probióticos suplementares específicos também podem ajudar a lidar com a doença. Se os sintomas forem muito prevalentes, é indicado procurar atendimento médico para descartar outras patologias, identificar os gatilhos, reorganizar a dieta e o estilo de vida .
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