A vida nos traz uma infinidade de emoções , algumas leves, outras intensas, e, enquanto a alegria e o amor são celebrados, a tristeza, o medo e a dor, muitas vezes, parecem não ter espaço. E, sem perceber, vamos reprimindo esses sentimentos difíceis , como se escondê-los fosse proteger a nós mesmos.
Mas, em algum momento, precisamos abraçar essas emoções como partes importantes do que somos, pois o que sentimos é uma parte essencial da nossa história e merece ser acolhido .
Dar espaço para a tristeza, para a saudade, para as angústias, é um convite a sermos inteiros . Quando permitimos que essas emoções difíceis venham à tona, estamos nos abrindo para uma conexão honesta com nossa própria vulnerabilidade, algo que, apesar de parecer delicado, é justamente o que nos fortalece.
Permitir-se chorar, pedir apoio, falar sobre aquilo que incomoda, é um jeito de dizer a si mesmo: “ Eu estou aqui para mim , mesmo quando tudo parece pesado”. É um lembrete de que acolher o que nos dói não é nos render , mas sim respeitar o que estamos vivendo.
A repressão dos sentimentos , principalmente os que causam desconforto, pode ter um custo alto, não só no nosso bem-estar emocional , mas também no físico. Quando empurramos as emoções para longe, elas não desaparecem! Elas apenas encontram outro jeito de se manifestar.
Às vezes, a tristeza guardada transforma-se em apatia, a raiva não expressa se torna tensão, e o medo silenciado cresce em ansiedade . Sentir é dar voz a tudo que se passa dentro de nós, é nos permitir estar vulneráveis sem medo do que isso representa.
É nesse espaço de verdade que conseguimos nos sentir verdadeiramente acompanhados, pois temos a chance de mostrar o que realmente estamos vivendo para as pessoas certas, aquelas que nos acolhem sem julgamentos.
Estar ao lado de alguém que entende e respeita o que estamos sentindo é como um abraço quente em dias frios. Dividir aquilo que nos aflige, nos desafia e nos entristece é uma forma de reconhecer nossa humanidade e abrir espaço para o carinho que merecemos, seja ele de outras pessoas ou de nós mesmos. Porque, no fim das contas, acolher as próprias emoções e saber que não estamos sozinhos torna o processo menos pesado e mais leve .
Aqui estão algumas sugestões de como lidar melhor com os sentimentos que, por vezes, tentamos evitar:
Dicas para lidar com os sentimentos
Permita-se sentir, sem pressa de resolver
Quando sentir algo difícil, ao invés de buscar uma solução imediata, apenas acolha essa emoção . Ela está ali para te mostrar algo, e tudo bem se levar um tempo para entender.
Dê nome ao que está sentindo
Tristeza, frustração, raiva, saudade… Nomear o que você sente ajuda a clarificar o que está acontecendo dentro de você e é o primeiro passo para se conectar com essas emoções de forma mais leve.
Deixe que o choro venha
O choro é uma maneira do nosso corpo liberar emoções que às vezes não conseguimos expressar de outra forma. Não o segure; permita que ele venha, e saiba que cada lágrima é um pedaço de alívio.
Encontre alguém que te acolha
Conversar com alguém que possa ouvir sem julgamentos faz toda a diferença. Escolha uma pessoa em quem confie para desabafar e permita-se sentir acompanhado .
Aceite a sua vulnerabilidade como força
Saber que não precisamos estar bem o tempo todo é libertador. A vulnerabilidade é o que nos conecta com os outros, e abraçá-la permite que sejamos verdadeiros conosco e com quem nos cerca.
Considere buscar apoio profissional, se precisar
Há momentos em que precisamos de alguém para nos guiar nesse caminho interno . Um profissional pode ajudar a lidar com o que é muito pesado para carregar sozinho e abrir novas perspectivas para entender os sentimentos.
Sentir é o que nos faz humanos, e mesmo os momentos de dor têm seu valor. Ao se permitir experienciar o que sente, você está se oferecendo cuidado e amor genuíno, o tipo que só você pode realmente dar a si mesmo.
Lembre-se: a tristeza, a angústia e a saudade não são para sempre, e cada emoção que você acolhe te aproxima de uma vida mais autêntica e cheia de significado . Que você se permita viver isso, sabendo que sentir é, antes de tudo, viver.
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Oi, eu me chamo Priscila Conte Vieira, mas pode me chamar de Pri! Sou psicóloga, palestrante e mentora. Atuo na psicologia clínica, sou especialista em Psicologia Positiva, pós graduanda em Terapia Cognitivo Comportamental, master em autoconhecimento, coach de vida, practitioner em PNL e também criadora do Podcast Respira, não pira (que tal dar uma conferida lá no Spotify?!)
Estarei por aqui todas as semanas, abordando temas da Psicologia Positiva, felicidade, bem-estar e os auxiliando a serem as suas melhores versões, por meio do autoconhecimento e florescimento. Para saber mais sobre mim e me acompanhar no dia a dia, é só me seguir no Instagram! Estou por lá como @priscilaconte__ . Te vejo no próximo Sábado! Até mais <3