Asma: tipos, causas, sintomas e tratamentos
Redação EdiCase
Asma: tipos, causas, sintomas e tratamentos

Doença crônica atinge aproximadamente 20 milhões de pessoas no Brasil

Por Amanda Melo

A asma é uma doença crônica que atinge os pulmões, causando inflamação das vias aéreas e sintomas desconfortáveis, como falta de ar, tosse e chiado no peito, que ocorre pela obstrução da passagem de ar pelos brônquios inflamados. No Brasil, a doença atinge aproximadamente 20 milhões de pessoas e está entre a terceira e a quarta causa de hospitalização no SUS, o que mostra que o controle inadequado da doença influencia em um grande impacto no sistema de saúde.

Atualmente, os estudos apontam para possíveis causas genéticas e/ou climáticas como possíveis fatores para o surgimento da asma. Por isso, no dia 21 de junho, o Dia Nacional de Controle de Asma, chama-se a atenção para a conscientização de que a doença é tratável e que permite ao paciente levar uma vida normal e sem sintomas.

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Motivos que provocam crises de asma 

Dentre os tipos de asma existentes, a alérgica é a mais comum, especialmente em crianças, e alguns motivos podem desencadear a famosa “crise asmática”, como: 

  • Alergias; 
  • Infecções respiratórias; 
  • Fumaça; 
  • Tempo seco e frio; 
  • Exercícios físicos; 
  • Alguns medicamentos; 
  • Alguns alimentos. 

Tipos de asma

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a doença pode variar a gravidade dos sintomas de acordo com cada paciente. A asma pode ser classificada em leve, moderada e grave e, independentemente da gravidade, existem caminhos e alternativas para manter a asma sob controle. 

A doença é considerada grave e/ou de difícil controle quando o paciente não alcança os níveis adequados de controle. Apesar de representarem a minoria entre o total de pacientes com asma, entre 5 e 10%, os brasileiros com asma grave vão ao hospital até 15 vezes mais do que os pacientes com asma leve ou moderada e são até 20 vezes mais hospitalizados.

Por isso, é importante consultar um médico especialista: pneumologista e/ou alergologista, de forma a adequar o tratamento às necessidades específicas de cada paciente.

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Por que é importante realizar o tratamento? 

Segundo a Dra. Zuleid Dantas Linhares Mattar, Pediatra e Diretora de relações governamentais e políticas internacionais da Associação Brasileira de Asmáticos (ABRA), a asma é a doença crônica mais prevalente na infância.

De acordo com a médica, a falta de tratamento pode levar a perda da função pulmonar e piora na vida adulta. “Não existe idade mínima para se iniciar o tratamento, que é seguro e eficaz, permitindo que a criança possa crescer saudável e plena”, explica.

A especialista ainda ressalta que, quando não é bem tratada e controlada, a asma pode se tornar um risco ao paciente, levando a um ataque súbito de falta de ar que pode levar a uma parada respiratória.

Na maioria desses casos, os sintomas podem evoluir durante vários dias e ocorrer devido à associação de diversos fatores, como uso incorreto de medicamentos de controle (corticoides inalatórios e broncodilatadores), falta de adesão ao tratamento e/ou técnica inalatória dos medicamentos incorreta.

Mas, seja qual for os motivos ou idade, a pediatra explica que é muito importante ter consultas regulares com o médico para avaliação, e seguir um plano de ação de tratamento em caso de crises, pois os tratamentos para asma são analisados e prescritos conforme a necessidade e urgência. 

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Sinais que indicam que a doença não está controlada 

A Dra. Zuleid também pontua que crises que interrompem a rotina diária do paciente e prejudicam a qualidade de vida podem ser um alerta de que a doença não está sob controle e que apesar da maioria dos pacientes acreditar que é normal continuar com os sintomas, como tosse e falta de ar, mesmo com os devidos cuidados, isso não é verdade.

“Após uma avaliação cuidadosa do paciente, em que são avaliados os sintomas, histórico familiar e identificação dos fatores desencadeantes ou agravantes, é possível desenhar uma estratégia de tratamento que controle os sintomas e permita uma vida normal, minimizando os episódios de crise, seja a asma grave ou não. Isso significa ter boas noites de sono, poder praticar atividades físicas e não necessitar de serviços de emergência por conta da asma”, destaca a especialista.

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