O clonazepam, popularmente conhecido como rivotril, é um ansiolítico que costuma ser receitado para pessoas com quadros de ansiedade, depressão e crises de pânico. É um medicamento pertencente ao grupo ‘benzodiazepina’, que causa inibição do sistema nervoso e tem ação sedativa e tranquilizante. “No organismo, age diminuindo a excitação e a tensão, além de colaborar com o controle de convulsões”, diz o Dr. Ariel Lipman, médico especialista em psiquiatria e diretor da SIG Residência Terapêutica.
Contudo, é preciso deixar claro que o medicamento sozinho não é capaz de curar doenças mentais. É sempre indicado o trabalho conjunto de profissionais especializados em saúde mental . Além disso, devido aos efeitos colaterais, ele só pode ser vendido com receita médica, que fica retida no ato da compra.
Para que serve o rivotril?
De acordo com o psiquiatra Dr. Ariel Lipman, o rivotril ajuda a tratar as seguintes condições:
- Transtorno de ansiedade;
- Transtorno bipolar;
- Insônia;
- Inquietação;
- Crises de pânico;
- Crises de epilepsia e convulsões.
Efeitos do medicamento
O especialista em psiquiatria explica como o fármaco atua no organismo: “Aquele que usufrui do medicamento pode vir a ser mais sonolento e calmo devido a potencialização da ação do ácido gama-aminobutírico, o principal neurotransmissor inibidor do sistema nervoso central em mamíferos”.
O rivotril pode causar dependência?
Assim como outros medicamentos considerados tarja preta, o clonazepam deve ser utilizado sob orientação médica, “pelo motivo de que pode causar dependência química, que depende do tempo de uso. Desse modo, é importante que haja intervenção médica. É vital que não tenha, em hipótese alguma, automedicação”, orienta o Dr. Ariel Lipman. Além disso, o acompanhamento profissional também é essencial para evitar casos de superdosagem, que podem causar sérios riscos à saúde, como ausência de reflexos, apneia do sono e coma.
Quais são as formas de administração ?
A dosagem adequada desse medicamento deve ser indicada por um psiquiatra, conforme a necessidade de cada paciente. Para isso, são analisadas questões específicas como peso, idade e tipo de doença. O remédio pode ser encontrado em três formas: oral, sublingual e comprimido. Segundo informações do Ministério da Saúde do Distrito Federal, ele deve ser ingerido preferencialmente após o consumo de alimentos e antes de dormir, devido ao efeito de sonolência causado por ele.
Efeitos colaterais do rivotril
Para evitar reações adversas , o ansiolítico deve ser utilizado com a orientação adequada de um médico especialista. “Além de efeitos benéficos para o paciente, não podemos excluir algumas dificuldades causadas pelo medicamento. O rivotril em algumas pessoas pode causar dor de cabeça, sonolência em excesso ou insônia, náusea, irritabilidade extrema, problemas de coordenação motora e outros”, explica o Dr. Ariel Lipman.
Quem não pode usar o clonazepam?
De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde do Distrito Federal, esse fármaco é contraindicado para pessoas que tenham hipersensibilidade ao clonazepam ou qualquer componente presente em sua fórmula. Também não é recomendado para pessoas com insuficiência respiratória e hepáticas graves.
O Dr. Ariel Lipman ressalta outras situações em que o remédio não é indicado: “Como pode vir a causar apneia , é contraindicado também para aqueles que no dia a dia são responsáveis por operações de máquinas e veículos. Também não deve ser exposto aos indivíduos com histórico de dependência química”, diz o especialista.
Vantagens e desvantagens do rivotril
Segundo o Dr. Ariel Lipman, o uso sob orientação médica é seguro e eficaz e, comparado a outros com propostas parecidas no mercado, possui um valor baixo. Isso o torna acessível a grande parte da população. “A desvantagem do remédio varia de pessoa para pessoa. Pode resultar em mais malefícios comparados a benefícios de acordo com o quadro do paciente. Infelizmente, o produto é banalizado em muitos casos, situação que gera desentendimento social sobre a importância do uso da substância”, diz o médico.
Cuidados ao combinar com outros medicamentos
Conforme explica o Dr. Ariel Lipman, se combinado com alguns medicamentos , o rivotril pode perder a eficácia, pois a mistura equivocada pode gerar efeitos colaterais sérios. Dentre as substâncias que alteram os resultados do fármaco, estão:
- Alprazolam;
- Amitriptilina;
- Fenobarbital;
- Clorpromazina;
- Diazepam;
- Valeriana.
Portanto, antes de utilizar o medicamento, procure um psiquiatra, só ele poderá fazer a indicação adequada. Além disso, se possível, siga o tratamento com o acompanhamento de um profissional especializado em psicologia.