O diabetes é uma doença que altera o funcionamento do pâncreas, órgão que expele insulina para o corpo, substância que ajuda na digestão de açúcares, proteínas e gorduras. A doença provoca dificuldade de cicatrização e má circulação. Por isso, é preciso cuidado redobrado ao cuidar das unhas e da pele.
1. Cuidados com as unhas
Por causa da doença, algumas pessoas podem apresentar unhas grossas e amareladas, além de ressecamento na pele. Inclusive, não é recomendado que diabéticos tirem a cutícula. De acordo com o angiologista e cirurgião vascular Eduardo Fávero, durante a retirada da cutícula há uma maior probabilidade de ferimentos.
“A cutícula consiste em uma proteção natural entre a unha e a pele. Removê-la abre uma porta de entrada para infecções”, afirma. Vale lembrar que a cicatrização é lenta por causa da doença, deixando o ferimento exposto por um prazo maior. O procedimento deve ser hidratar bem as cutículas e apenas empurrá-las com muito cuidado.
2. Corte das unhas
O corte das unhas também merece atenção. “Dê preferência ao uso da lixa no lugar da tesoura ou alicate”, indica Eduardo Fávero. Se o corte for necessário, o angiologista explica que não deve ser feito muito rente à pele. “Evite eliminar os cantos, dando preferência por deixar as unhas retas.”
3. Pé diabético
Segundo a podóloga Vera Lúcia Feliciano, por causa da má circulação, “os pés ficam frios e pálidos, as unhas ficam com o crescimento lento, estriadas, com distrofias, frágeis e quebradiças ”. Além disso, com a falta de vascularização nos pés, a sensibilidade fica comprometida. Por isso, não se deve lixar as solas, seja com lixas metálicas, limas ou lixas porosas.
O ideal é manter os pés secos (principalmente nos vãos dos dedos) e hidratados. Segundo o angiologista Eduardo Fávero, caso haja a necessidade de retirar calos, deve-se procurar um médico ou uma clínica de podologia.
4. Higienização do material
Para fazer as unhas no salão , algumas pessoas preferem levar os equipamentos (alicate, lixa e palito) de casa. No entanto, é aconselhado que diabéticos usem produtos descartáveis. Mesmo que o equipamento seja de uso pessoal, as peças não são higienizadas nos padrões de esterilização. Por causa disso, o paciente pode se expor à riscos.