A dieta mediterrânea é baseada na alimentação dos povos banhados pelo mar Mediterrâneo. Tudo começou por volta dos anos 50, quando pesquisadores foram a Creta, ilha grega, e perceberam que as pessoas que moravam lá tinham menos problemas de saúde do que os americanos e britânicos.
“Esses fatores foram atribuídos ao padrão alimentar dos países banhados pelo mar Mediterrâneo, e até hoje é uma dieta estudada e publicada como favorecedora do aumento da longevidade”, afirma a nutricionista Daniela Medeiros.
Foco da alimentação
Segundo Daniela Medeiros, a dieta mediterrânea é um conjunto de tradições alimentares, conhecimentos e técnicas artesanais que os povos do Mediterrâneo reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.
“Tradicionalmente, seu cardápio consiste no elevado consumo de cereais – de preferência não refinados –, óleo de oliva e azeitona, frutas, hortaliças, legumes, frutas secas e peixe, consumo moderado de laticínios, principalmente queijos e iogurte, reduzida quantidade de carne e derivados e moderada quantidade de vinho, se desejado”, enumera a nutricionista.
Consumo de gorduras
A dieta do Mediterrâneo também limita o consumo de gorduras. Estabelece baixo consumo de gorduras saturadas e alta ingestão de monoinsaturadas e proteínas saudáveis. “Este melhor equilíbrio de gordura favorece um melhor perfil lipídico, melhora o funcionamento intestinal e controla o apetite”, explica Daniela Medeiros.
Auxilia no emagrecimento
Por ser uma dieta que prioriza alimentos ricos em nutrientes e pobres em gorduras “ruins”, ela pode, sim, auxiliar no emagrecimento, se for acompanhada por um nutricionista.
“Esta dieta trará uma excelente funcionalidade metabólica ao organismo. Mas, quando se foca em um emagrecimento, é necessário dosar, de maneira equilibrada, todos os alimentos ingeridos pela pessoa de maneira individualizada, ou seja, cada corpo tem o seu valor calórico de consumo para perder, manter ou ganhar peso”, explica a nutricionista Fernanda Alves.
Redução de medidas
De acordo com Fernanda Alves, se a dieta mediterrânea for feita com acompanhamento, é possível reduzir algumas medidas . “Quando se dosa essa dieta de maneira saudável, com o acompanhamento de um nutricionista, é possível perder, em média, no período de 6 semanas, de 2 a 5 kg de peso”, afirma.
No entanto, a nutricionista alerta que, “quando nosso corpo começa a entrar em processo de perda de peso de maneira saudável, primeiro há uma regulação hídrica, desincha, elimina o excesso de compostos que o intumesce. Portanto, há de se distinguir melhor o que seria mesmo perda de massa tecidual ou apenas eliminação de excesso dos fluidos”.
Eliminação de gordura localizada
Conforme explica Fernanda Alves, a dieta mediterrânea também pode auxiliar na perda de gordura localizada. Isso acontece “uma vez que possui alto teor de fibras e de baixa densidade energética, através da abundância de alimentos da linha vegetal, além do alto consumo de água – o que facilita todo trabalho de regulação intestinal e metabólico”, afirma.
Ação dos micronutrientes
Fernanda Alves destaca que a grande quantidade de micronutrientes, que auxiliam no processo de perda de peso, é também uma aliada para reduzir as medidas abdominais. O cromo, por exemplo, está muito presente nas frutas secas e cereais integrais, que são as bases da dieta mediterrânea.
“Este mineral é um oligoelemento que desempenha um papel importante no metabolismo dos açúcares (melhorando a ação da insulina) e das gorduras (reduzindo a taxa de colesterol e o excesso de gorduras localizadas)”, explica a profissional.
Outro ponto importante para definir a região abdominal é unir uma alimentação saudável com a prática de atividades físicas. Assim, além de ter o corpo que deseja, você também conquistará mais saúde e longevidade.