Conheça a síndrome da carteira e seus sintomas
Fisioterapia é essencial para pacientes com a síndrome da carteira (Imagem: Gorodenkoff | Shutterstock)
Conheça a síndrome da carteira e seus sintomas

Síndrome da carteira é o nome popular dado à síndrome do piriforme, caracterizada por uma dor na região glútea e que pode irradiar para a parte posterior ou lateral da coxa, para as pernas e os pés. Esses sintomas lhe parecem familiares? Pois bem, essa dor é semelhante à dor ciática.  

Relação do músculo com a síndrome da carteira

O piriforme é um músculo rotador externo do quadril, do tamanho médio de um polegar, e está localizado exatamente na altura do bolso traseiro da calça, local em que normalmente se coloca a carteira. Sendo assim, a síndrome da carteira é provocada pelo hábito que o homem tem de usar o objeto no bolso de trás, normalmente do lado direito, comprimindo, assim, o nervo ao se sentar.

Sintomas da doença

O médico ortopedista e professor do curso de Medicina da Unic Beira Rio Dr. Nauro Hudson Monteiro detalha que o nervo ciático sai da região lombar e se estende pela região da perna com várias ramificações, possuindo variações anatômicas, podendo o nervo femoral (ciático) passar abaixo do músculo, no ventre do músculo ou acima dele.

“Quando há contratura deste músculo , ocorre uma compressão direta do nervo, causando parestesia, dor, desconforto para sentar, dor irradiada para nádegas, coxa e perna, além de dificuldades para andar e, dependendo do grau de dor, torna-se incapacitante”, esclarece o especialista.

Como fazer o diagnóstico e o tratamento

O médico explica que o diagnóstico é clínico, realizado por um ortopedista, e que o tratamento envolve a indicação de analgésicos, relaxantes musculares e fisioterapia (que auxilia no alongamento do músculo piriforme). Ainda, em determinados casos, adota-se a aplicação de toxina botulínica , um composto que paralisa temporariamente o músculo com o intuito de atenuá-lo.

Mais comum em homens adultos, a síndrome da carteira pode ser uma barreira na qualidade de vida, já que a inflamação do nervo ciático pode gerar neuropatias crônicas e dores limitantes. “Nervos sensoriais, motores e sistema nervoso podem ser afetados pela neuropatia. Diante de qualquer sinal, a recomendação é que um médico especializado acompanhe o quadro clínico e, para evitar o surgimento da síndrome, deixar de colocar objetos no bolso de trás da calça é um primeiro passo relevante”, conclui o Dr. Nauro Hudson.

Por Camila Crepaldi 

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