Uma refeição gostosa e equilibrada deve sempre estar com o tempero no ponto. Para isso, o sal, também conhecido como cloreto de sódio, é utilizado, ajudando a realçar o sabor dos alimentos. Além da popularidade do ingrediente, existem diferentes tipos de sal, com composições, processos de preparação, cores e texturas variadas.
Por isso, Tamiris Pitana Martins, nutricionista da Água Doce Sabores do Brasil (grupo de restaurantes), lista os tipos de sal e explica como utilizá-los na cozinha. Confira!
1. Sal refinado
O mais comum nas mesas brasileiras, o sal de cozinha refinado se trata da opção mais simples e eficaz para temperar diferentes alimentos. Ele é oriundo da evaporação da água do mar, passando por processos térmicos, de branqueamento e refinamento. A última etapa, a de iodação, ou seja, aplicação de iodo, é realizada para que o organismo não fique com deficiência dessa substância, evitando desencadear doenças como o bócio e outras enfermidades.
2. Sal grosso
Bastante conhecido pelos amantes de churrasco, é uma variação do sal refinado. Possui cristais maiores, pois não passa pelo processo de refinamento. É recomendado para o preparo de carnes, pois evita o ressecamento e mantém o sabor.
3. Sal light
Outra variação do sal de cozinha comum, mas que apresenta 50% de cloreto de sódio e 50% de cloreto de potássio. É a opção mais indicada para pessoas que sofrem de hipertensão, têm problema de retenção de líquido ou querem diminuir o consumo diário de sódio. Mas, assim como os demais tipos, não deve ser utilizado em excesso. Apresenta um sabor mais suave.
4. Sal líquido
Para ser encontrado no formato de spray , a combinação do sal é dissolvida em água mineral. Este tipo é recomendado para salgar os alimentos de forma mais uniforme e sem excessos. Ideal para quem deseja temperar legumes e verduras, por exemplo. Apresenta um sabor mais suave, por contar com menor quantidade de sódio quando comparado ao sal refinado.
5. Sal rosa do Himalaia
Com origem asiática, apresenta uma coloração rosada, devido à presença de minerais, como o ferro. É considerado uma das opções mais saudáveis e auxilia a eliminar toxinas do corpo. Normalmente, tem um custo mais elevado se comparado ao tradicional. É indicado para temperar peixes, verduras e legumes.
6. Sal marinho
Opção mais comum e com o melhor custo-benefício para brasileiros. Obtido por meio da evaporação da água do mar, não passa pelo processo de refinamento. Geralmente, é composto por cristais maiores do que os do sal tradicional, disponibilizando minerais benéficos ao organismo. Ele pode ser usado durante o preparo de sopas, carnes e massas.
7. Sal temperado
Para quem gosta de inovar na cozinha, o sal temperado é uma alternativa saborosa. Conta com uma mistura de sal refinado ou sal grosso com especiarias, que levam ervas frescas que ajudam a proporcionar um sabor diferenciado em diferentes pratos, principalmente carnes vermelhas, frango, porco e peixe.
8. Sal negro
Com origem indiana, pode ser encontrado em reservas naturais e, geralmente, é usado em receitas vegetarianas. É obtido por meio da halita (sal de rocha natural das minas), mas também pode ser encontrado em algumas salinas.
Quando colhido, é incolor. Mas, por ser remetido a um processo de transformação, acaba se tornando mais escuro. Devido ao alto teor de enxofre, seu cheiro é semelhante ao da gema de ovo , e seu gosto, sulfuroso, em razão da origem vulcânica. Apresenta textura crocante e é solúvel, podendo ser empregado em receitas de massas e molhos.
9. Sal kosher
Sem aditivos, este sal tem formato irregular, não é refinado e não tem a presença de iodo. Trata-se de um item bastante usado por chefes de cozinha, pois ajuda a secar o sangue das carnes e não conta com aditivos. A principal função é para cozinhar, e não para salgar alimentos na mesa, para deixar disponível em saleiros, por exemplo. É uma opção não muito comum no Brasil.
10. Sal Maldon
Nada convencional, é conhecido como o tempero da família real britânica. Ou seja, se trata de um sal nobre utilizado especialmente por chefs mais renomados da culinária em diferentes países ao redor do mundo. É natural e não contém aditivos artificiais, sendo crocante e resistente à umidade dos alimentos. Indicado para dar um toque especial em carnes, peixes e sobremesas.
11. Flor de sal
Considerado o tipo mais nobre, a flor de sal é formada em superfícies salinas, mas ela precisa de pouco vento e muito sol para ser feita. É constituída pelos primeiros cristais de sal que aparecem e permanecem na superfície das águas das salinas. Na extração, feita de forma manual, retirando uma fina película de cristais de sal. Não deve ser levada ao fogo, por ser pura. Geralmente se usa para finalização de pratos, como saladas e alimentos que não foram temperados ao longo da preparação. Assim, é possível manter a textura delicada e o sabor concentrado.
Quantidade indicada para o consumo de sal
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Sociedade Brasileira de Hipertensão, o ideal é consumir 2 g de sódio por dia, o que equivale a 5 g de sal. Isso porque, quando utilizado na quantidade estabelecida e segura para a saúde, o ingrediente auxilia na regulação do volume sanguíneo, na contração muscular e tem papel importante nos impulsos nervosos. Porém, deve ser utilizado com cuidado por pessoas com hipertensão.
Por Marcela Baptista