6 dicas para combater o mau hálito
O mau hálito pode ser combatido com alguns cuidados (Imagem: Ground Picture | Shutterstock)
6 dicas para combater o mau hálito

Segundo estudos internacionais e dados da Associação Brasileira de Halitose, o mau hálito afeta cerca de 30% da população mundial. No entanto, esse indicador pode chegar a 45%, se forem consideradas também aqueles que não têm mau hálito, mas acreditam que o têm e necessitam de tratamento para essa insegurança.

Esse assunto, que infelizmente costuma ser tabu, é envolto por mitos, dúvidas e curiosidades que impedem a busca por ajuda. “Muitas pessoas sofrem quase obsessivamente por conta do cheiro na própria boca e isso prejudica a autoestima a ponto de causar isolamento social e afetar relacionamentos, até mesmo no trabalho”, explica o dentista Dr. Maurício Conceição.

Com mais de 30 anos de experiência nos tratamentos de hálito, boca seca e boca amarga, mestre em psicologia e autor do livro “Confie no seu hálito”, ele compartilha dicas práticas e confiáveis que contribuem com a identificação e solução desse problema. Confira!

1. Conheça os principais mitos

A primeira coisa a se fazer é esclarecer alguns mitos, como as crenças de que a halitose vem do estômago e de que as pessoas conseguem sentir o cheiro do próprio hálito. Primeiramente, fica claro que o problema não vem do estômago, pois, quando falamos e respiramos, o ar vem dos pulmões. Além disso, por conta do que se chama de fadiga olfatória, os seres humanos rapidamente se adaptam aos odores se eles forem constantes.

2. Entenda as causas mais comuns

Grande parte dos casos de halitose têm origem na própria boca e estão relacionados a saburra lingual (ou biofilme lingual), doenças periodontais (na gengiva) e aos cáseos amigdalianos. Ainda há causas indiretas, que podem incluir respiração bucal, ronco, muco na garganta e uso de produtos de higiene bucal contendo álcool ou lauril sulfato de sódio.

3. Identificando o mau hálito

O primeiro passo é ter uma pessoa de confiança, seja ela um amigo, familiar ou o próprio dentista, para realizar um teste chamado de organoléptico. Para fazer esse teste, é possível consultar o site www.testeoseuhalito.com.br , que reúne o passo a passo de como saber se você tem ou não mau hálito.

É normal que o hálito tenha cheiro, especialmente o hálito bucal , pois a boca é o segundo lugar no corpo humano com mais bactérias. O que não pode ocorrer é um odor ruim. Esse teste ajuda na construção de autoconfiança, além de ser uma ferramenta acessível para determinar a necessidade de tratamentos para a halitose.

A maioria das dicas que “viralizam” na internet não têm base científica e podem até piorar a situação. Por exemplo, enxaguar a boca com vinagre ou bicarbonato de sódio pode causar irritações e danificar o esmalte dos dentes. Mascar chicletes sem açúcar, cravos e gengibre, apesar de proporcionar alívio temporário, não resolvem a origem do problema.

Outra prática que ganhou fama são os vídeos que ensinam como remover os cáseos amigdalianos, pequenas bolinhas com cheiro desagradável, que se formam nas amígdalas. Removê-lo sem ajuda profissional pode causar ferimentos, e o problema é que eles voltam a se formar.

5. Use produtos confiáveis

Para encontrar os produtos certos, procure por aqueles registrados na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e que tenham pesquisas que comprovam sua eficácia em relação ao mau hálito e aos cáseos amigdalianos, como enxaguantes bucais e produtos para a limpeza da língua.

6. Procure um especialista

Por trás das causas do mau odor bucal está a proliferação de bactérias que produzem o cheiro desagradável. Por isso, é indispensável identificar a fonte de tais bactérias, já que as doenças na gengiva, por exemplo, muitas vezes exigem cuidados especializados.

Além disso, a halitose também tem o potencial de causar imenso sofrimento emocional e psicológico, já que falar de perto e construir intimidade está diretamente atrelada à confiança no próprio hálito. Buscar um atendimento profissional qualificado, que possa orientar e assegurar o paciente também é o ideal nesses casos.

Por Misael Freitas

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