Quando a criança adoece e precisa de medicação em horários específicos, uma das preocupações dos pais é de como manter os cuidados médicos mesmo quando o filho estiver na escola ou creche. Pensando nisso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nesta segunda-feira (11) um documento que orienta o uso de remédios nas instituições de Educação Infantil.
Leia também: Remédios caríssimos vão para o lixo por falta de controle dos estados
De acordo com os pediatras, as recomendações devem seguir um padrão de segurança para que os educadores, professores e outros funcionários saibam como agir na administração dos remédios sem que prejudique a saúde da criança e suas atividades pedagógicas.
Um dos principais objetivos para promover educação em saúde no ambiente escolar é evitar a automedicação e o uso inadequado de medicamentos. Além disso, os especialistas também se preocuparam em atender as necessidades das crianças que têm maior suscetibilidade a doenças e, por isso, precisam de medicamentos com mais frequência.
“Há escolas que não administram medicamentos (se for o caso, a criança falta às aulas durante o tratamento), enquanto outras permitem que familiares entrem no estabelecimento para sua administração, responsabilizando-se totalmente pelo ato. Muitas vezes a criança precisa ser medicada, mas está em bom estado geral, pronta para as atividades pedagógicas, podendo ter sua escolaridade prejudicada se faltar às aulas por tempo prolongado. Nesses casos, é razoável que receba a medicação na própria escola, desde que a legislação local permita”, informa o texto.
Leia também: Pesquisa revela que tomar comprimidos de magnésio pode combater a depressão
Prescrição médica
Entre as recomendações, os médicos orientam os pais que encaminhem sempre à escola ou creche a receita médica e os remédios em suas embalagens originais, identificados com o nome das crianças para evitar enganos. Caso os pais não tenham a receita em mãos, ela poderá ser enviada diretamente pelo médico da criança à escola por fax ou outro meio de comunicação.
Os pediatras recomendam ainda que na escola seja dado o menor número possível de doses, uma vez que a instituição pode atrasar ou esquecer o horário de aplicação do medicamento. A SPB alerta que os pais devem aceitar que muitas escolas podem considerar inviável interromper a rotina de atividades para a administração de remédios com intervalo curto de tempo ou que demandem certa complexidade, como nebulizações, por exemplo.
Outra orientação é para que os pais mantenham contato permanente com a equipe escolar, principalmente se o medicamento for de uso contínuo ou em outras situações especiais. No caso dos adolescentes, eles podem se responsabilizar por sua medicação.
Para ter acesso ao guia com as dicas de como usar os remédios, que também será disponibilizado para profissionais da educação, basta clicar aqui .
Leia também: Mais conversa, menos exames: o que propõe o movimento por ‘Medicina sem Pressa’