Pesquisa foi realizada por pesquisadores americanos do Hospital Especializado em Crianças de Cincinnati
Alex de Jesus – 17/2/2016
Pesquisa foi realizada por pesquisadores americanos do Hospital Especializado em Crianças de Cincinnati

A revista científica PLOS Pathogen publicou nesta quinta-feira (16) um novo estudo sobre a infecção pelo vírus da zika. De acordo com o estudo feito por pesquisadores americanos, um indivíduo que teve a doença primária assintomática terá imunidade no caso de uma segunda infecção.

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A pesquisa usou camundongos do sexo feminino que estavam gestantes. Quando re-infectadas as cobaias não apresentaram nenhum sinal de zika . Os cientistas contataram que o primeiro contágio ajudou a desenvolver efeitos protetivos e prevenir anomalias em fetos.

A autora principal da análise Lucien Turner, do Hospital Especializado em Crianças de Cincinnati, nos Estados Unidos afirma que parte das cobaias foi infectada previamente antes da gravidez e, quando entraram em período gestacional, foi possível constatar a proteção adicional em comparação com aquelas não infectadas anteriormente.

"Mostramos que a imunidade por infecção assintomática antes da gravidez protege contra a re-infecção, com redução da vulnerabilidade dos tecidos da mãe e do feto ao zika", disseram os responsáveis pela pesquisa.

Após a exposição ao vírus pela segunda vez, os tecidos das mães de camundongos e seus fetos foram analisados. Os estudiosos encontraram níveis muito mais baixos de RNA do zika do que nos tecidos de camundongos que não tinham sido infectados previamente. Além disso, foi possível detectar a presença de anticorpos específicos para o vírus da doença.

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Infectados por dengue também estão protegidos

Nesta semana, a revista “Nature Communications” publicou um artigo afirmando que pessoas que já tiveram dengue tem menos chances de adquirir zika .  Para realizar os testes, foram analisados os comportamentos dos organismos de camundongos imunes à dengue . Foi possível perceber que esses animais também desenvolveram proteção cruzada contra o vírus da zika. Os pesquisadores puderam identificar que algumas células de defesa específicas tiveram ação combinada contra as duas infecções.

A ideia é que agora, com a descoberta feita por cientistas do Instituto de Arboviroses da Universidade de Wenzhou, na China, uma vacina contra as duas enfermidades comece a ser desenvolvida.

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