Depois de oito anos evitando a cirurgia, a costa-riquenha Sonia López, de 57 anos, precisou encarar um procedimento de emergência para retirar um tumor gigante de seu ovário, que já havia sido responsável por aumentar em 80% seu abdômen e estava esmagando seus intestinos, fígado e diafragma.
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Até então, Sonia, que já havia sido avisada sobre o tumor e as complicações cardíacas que ele poderia causar, não tinha feito a remoção por conta de “motivos pessoais”. No entanto, problemas respiratórios fizeram com que ela fosse encaminhada ao Hospital Mexicano, perto de San Jose, às pressas e fosse submetida à uma cirurgia de emergência na última segunda-feira (29).
O procedimento que envolveu cinco cirurgiões conseguiu ser bem sucedido e a equipe conseguiu remover uma enorme massa tumoral, que pesava mais de 30 quilos. Para o cirurgião Pablo Sibaja, que realizou a operação, esse trata-se do maior tumor já retirado de um paciente.
Os médicos afirma que Sonia está se recuperando bem e aguardando resultados para determinar se o crescimento é cancerígeno. "Eu sinto que nasci de novo", afirmou ela ao Daily Mail .
Moradora da cidade de Tibas, em San José, a mulher conta que estava se sentindo muito cansada, o que a estava deixando mal antes da cirurgia.
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Recorde mundial
O cirurgião conta que é relativamente comum ver tumores gigantes, porém esse é o maior que ele já teve conhecimento. "Vemos três ou quatro tumores gigantes todos os anos, mas nunca algo tão grande. Este é maior do que o registrado no Livro Guinness dos Recordes, onde o tumor mais pesado é de 30 quilos e este foi de 34 quilos”, conta Sibaja.
O médico explica que o tumor cresceu de forma desordenada e rápida em um curto espaço de tempo, pois, apesar de Sonia ter vivido quase uma década com ele, só sentiu que estava crescendo há pouco tempo. "Esses tumores que crescem tão rapidamente não são normalmente malignos, porque se fossem, a paciente já teria morrido durante esses oito anos desde que o tumor foi detectado”, explica.
Sibaja ainda disse que tumores gigantes são muito mais comuns em mulheres porque seus corpos são projetados para levar mais peso em seus abdômen do que os homens.
Um porta-voz do Serviço de Segurança Social costarriquenho, que criou imagens do tumor depois de ter sido removido, descreveu o procedimento como "incrível".
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