Ao falarmos em doenças cardiovasculares, você sabe dizer quais as que mais matam? Sabemos que diversas patologias afetam o coração, os vasos e artérias e, por conta disso, elas podem causar inúmeras complicações à saúde ao longo da vida e, inclusive, levar o paciente à morte antes mesmo de receber ajuda médica.
Leia também: Veja 10 sinais de que você pode estar sofrendo um AVC e saiba os fatores de risco
Para saber quais as doenças cardiovasculares que mais causam mortes, Gilberto Narchi Rabahie, formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC e especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular, elencou as cinco "mais fatais". Confira e aprenda os sintomas:
1. Infarto agudo do miocárdio
Também chamado de ataque cardíaco, essa condição trata-se de uma obstrução aguda de uma artéria coronária. “Dor ou desconforto no peito e nos braços estão entre os sintomas mais comuns. Além disso, a dor pode surgir no ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou nas costas”, explica Rabahie.
Entre os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, podemos citar, por exemplo, estresse, diabetes, sedentarismo, além de colesterol alto. Ainda é importante destacar que, além dos sinais já apresentados, a posse pode apresentar vômitos, tontura, suor em excesso, agitação e ansiedade.
2. Acidente vascular cerebral (AVC)
O mal súbito - popularmente conhecido como derrame - ocorre quando um vaso cerebral se rompe e causa hemorragia ou, ao contrário, causa falta de sangue em território cerebral. “Súbita fraqueza em membros superiores e inferiores e dificuldade de falar são os sintomas mais comuns, na maioria das vezes concentrados em um lado do corpo”, esclarece o especialista.
3. Trombose venosa
A doença é causada pela formação de coágulos de sangue nas veias das pernas e pode levar a uma embolia pulmonar, que é o bloqueio de uma das artérias do pulmão. “Falta de ar súbita, com ou sem dor no peito, é um sintoma comumente sentido por pacientes atingidos pela doença”, diz o cirurgião.
Você viu?
Segundo o Ministério da Saúde, a patologia afeta mais mulheres, mas homens também podem desenvolvê-la. Isso porque o público feminino, quando avaliado entre 20 a 40 anos, está mais ligado aos fatores de risco, como anticoncepcionais e gravidez. Vale destacar que a condição pode ser evitada e, por isso, é importante ir ao médico regularmente.
4. Aneurisma da aorta abdominal
A aorta é o principal vaso sanguíneo do corpo – e um aneurisma é quando há dilatação de um ou mais segmentos do mesmo. “O grande risco de um aneurisma é a sua ruptura, que pode causar sangramento intenso e, consequentemente, a morte do paciente”, pontua o profissional.
Na maioria dos casos, a doença não apresenta sintomas. No entanto, algumas pacientes podem apresentar manifestações clínicas, como caroço pulsátil na barriga, dor lombar e redução do fluxo sanguíneo nos pés. Exames de rotina são importantes, principalmente quando a condição é assintomática.
Leia também: Ruptura do aneurisma de aorta abdominal mata 80% dos pacientes; conheça
5. Doença arterial periférica
Nesse caso, a doença está relacionada à má circulação sanguínea devido ao entupimento das artérias dos membros inferiores, com o surgimento de feridas dolorosas de difícil cicatrização, além de dor ao caminhar. “Nesse caso, um dos principais riscos é a amputação dos membros”, explica o médico.
O que fazer para prevenir essas doenças cardiovasculares?
Rabahie destaca que a prevenção, para as cinco doenças listadas, é deixar o sedentarismo de lado, não fumar, controlar a pressão arterial e as taxas de gordura e açúcar no sangue e evitar a obesidade. “O controle destes fatores é muito importante. Acompanhamento médico e diagnóstico precoce são fundamentais”, pontua.
Leia também: Quais os sintomas do infarto? Conseguir reconhecê-los pode ajudar a salvar vidas
No caso do diagnóstico, essas doenças cardiovasculares podem ser detectadas por meio de exames laboratoriais ou de imagem, como ultrassom, angiografia e tomografia. “Todas estas enfermidades têm tratamento adequado e cada vez menos invasivos, com cirurgias realizadas por cateterismos e colocação de prótese e stents”, finaliza o especialista.