
Desde o início da epidemia de Aids no Brasil, em 1980, até o final de 2015, foram registrados 827 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil. O problema principal é que 112 mil ainda não sabem que têm a doença. Por conta disso, o foco dos sistemas de saúde, agora, é inserir essas pessoas no tratamento.
Em São Paulo, é possível fazer o exame que detecta o vírus HIV gratuitamente em mais de 3,7 mil unidades de saúde. Os testes são realizados nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e nas unidades da rede pública. Para saber onde fazer o teste, basta ligar para o Disque Saúde (136).
Nos locais, o paciente também pode encontrar os testes para sífilis e hepatites B /C, preservativos masculinos, femininos e gel lubrificante, kit de redução de danos para uso de drogas injetáveis (KIT RD) e tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).
Como é feito o exame
Primeiro, é feita a coleta de sangue da pessoa. No Brasil, os exames laboratoriais e os testes rápidos detectam os anticorpos contra o HIV em até 30 minutos. Não é necessário se identificar para realizar o procedimento.
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A infecção pelo HIV pode ser detectada com, pelo menos, 30 dias a contar da situação de risco, tempo que o corpo leva para gerar anticorpos contra o vírus no organismo.
São Paulo
De acordo com dados da Secretaria de Saúde, a cada 15 minutos uma pessoa se infecta com o vírus no Brasil e sete pessoas com Aids morrem por dia em São Paulo.
Desde 1980, o Estado registrou 251.133 casos da doença. Entre janeiro de 2013 e agosto deste ano, 14 mil pacientes passaram a ser acompanhados pelo programa de tratamento do vírus. Embora a mortalidade esteja diminuindo, o problema cresceu exponencialmente entre jovens gays.
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O aumento foi de 121% desde 2010, passando de 1.686 casos para 3.728 em 2015. No mesmo período, a detecção entre homens heterossexuais também cresceu, mas em uma proporção bem menor: 28%.
As taxas de detecção do HIV na população como um todo cresceram 4,2 vezes entre 2000 e 2015, passando de 4,2 para 17,6 casos por 100 mil habitantes no período. Mas entre os homens o crescimento no período foi muito maior: 6,5 vezes, contra 1,8 no caso das mulheres.