O pulmão é responsável pela troca de gases no corpo humano. A principal função é oxigenar o sangue e eliminar o gás carbônico do corpo, se tornando, assim um órgão vital. Entretanto, uma canadense precisou ter os pulmões removidos para continuar viva durante a espera por um transplante.
LEIA MAIS: Casal com luta conjunta contra doença degenerativa morre com dias de diferença
Melissa Benoit, de 33 anos, é portadora de fibrose cística, uma doença crônica que deixou seus pulmões cheios de pus, muco e sangue. Ela já não conseguia respirar direito, e crises de tosse fizeram com que ela até mesmo fraturasse uma de suas costelas. “Melissa estava morrendo diante dos nossos olhos”, afirmou o cirurgião Shaf Keshavjee.
A paciente já estava na fila para um transplante, mas os especialistas avaliaram que seria pior manter os órgãos durante a espera. Em um procedimento que pode ter sido o primeiro do mundo, os médicos deixaram Melissa sem os pulmões durante seis dias.
LEIA MAIS: "Acendo uma vela para minha doadora de órgãos porque ela salvou minha vida"
“Tivemos que tomar uma decisão porque ela ia morrer aquela noite”, afirmou Dr. Shaf Keshavjee. O procedimento que durou nove horas foi feito em abril do ano passado, mas divulgado apenas na semana passada pela University Health Network. Os órgãos de Melissa já estavam tão cheio de pus e muco que acabaram ficando tão duros quanto bolas de futebol.
Uma bactéria que ela havia contraído se mostrava resistente a maioria dos antibióticos e começou a se espalhar por todo o corpo. Sua pressão arterial estava caindo, e, um por um, seus órgãos pareciam estar se desligando. Entretanto, horas depois da cirurgia, Melissa melhorou incrivelmente.
LEIA MAIS: Após descobrir lesões pré-cancerígenas na pele, mulher faz alerta poderoso
Para continuar viva, a paciente foi colocada no suporte mais sofisticado possível para seu coração e sistema respiratório. Apesar de não saberem como seria o futuro de Melissa na lista de espera por um transplante, os médicos se concentraram em um dia de cada vez.
Felizmente, seis dias após a retirada dos pulmões, um doador apareceu para Melissa, que já estava estável para receber o transplante. Hoje, a recuperação da paciente emociona a todos. Mãe de uma menina de dois anos, ela já consegue brincar com a filha sem se cansar. A pequena e o marido foram os principais motivos que levaram Melissa a não desistir da vida.