O Ministério da Saúde promove neste sábado (13) o Dia D da vacinação contra a gripe em todo o País. O Sistema Único de Saúde (SUS) empenhou para o mutirão um total de 240 mil profissionais, distribuídos em 36 mil salas de vacinação e 27 mil veículos terrestres, marítimos e fluviais – estes destinados ao atendimento de populações que vivem em áreas de difícil acesso, como as ribeirinhas e os povos indígenas.
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As vacinas oferecidas pelo governo desde o dia 17 de abril protegem contra três subtipos do vírus recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS): o A/H1N1; A/H3N2 e influenza B. A campanha de vacinação tem como público-alvo uma população de 54,2 milhões de pessoas em todo o Brasil, grupo formado por crianças de seis meses a menores de cinco anos; pessoas com 60 anos ou mais; trabalhadores de saúde; povos indígenas; gestantes; mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias; detentos; funcionários do sistema prisional, pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais, além de professores.
Até o momento, 18,4 milhões de brasileiros (apenas 36% do público-alvo) receberam as vacinas, que serão oferecidas até o dia 26 deste mês. Os estados com a maior cobertura vacinada do País, até o momento, são o Paraná (57,6%) e o Rio Grande do Sul (56,1%). Já os estados com menor cobertura são o Pará (16,4%) e Roraima (17,6%).
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, visita neste sábado um posto de vacinação montado na Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana (BA). O município conta com 120 salas de imunização e mais de 460 profissionais envolvidos na mobilização. Até o momento, 54,2 mil (48%) pessoas se vacinaram em Feira de Santana, de um público-alvo formado por 112,4 mil.
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Prevenção
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas. As informações são da Agência Saúde.
Mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe – especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações – devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
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Casos
O último boletim de influenza do Ministério da Saúde aponta que, até 6 de maio, foram registrados 605 casos de influenza em todo o país. Do total, 30 foram por gripe A H1N1, sendo que oito evoluíram para óbito por H1N1. Em relação ao vírus Influenza A (H3N2), foram registrados 398 casos e 52 mortes. Houve ainda 111 casos e 30 óbitos por influenza B. Os outros 66 casos e 9 óbitos foram por influenza A não subtipada.
Em todo o ano passado, o Ministério da Saúde registrou 12.174 casos de influenza de todos os tipos no Brasil. Deste total, 10.625 foram por influenza A (H1N1), sendo 1.987 óbitos. Em relação ao vírus Influenza A (H3N2), foram notificados 49 casos e 10 mortes em 2016.
O Brasil possui uma rede de unidades sentinelas para vigilância da influenza, distribuídas em serviços de saúde de todas as unidades federadas, que monitoram a circulação do vírus influenza por meio de casos de síndrome gripal (SG) e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).