Colher está em fase de testes e foi desenvolvida para facilitar a adesão da mão do usuário e o objeto
Divulgação/EESC
Colher está em fase de testes e foi desenvolvida para facilitar a adesão da mão do usuário e o objeto

Um protótipo de uma colher adaptada para simplificar a vida de pessoas com algum tipo de dificuldade motora está sendo desenvolvido aqui no Brasil. O utensílio, que ainda está sendo elaborado, é resultado de uma parceria entre a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP e a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFMT).

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A colher , que aguarda uma avaliação das duas instituições para finalizar a fase de testes, tem previsão de lançamento para o final de 2017, e o valor deverá ser popular, acessível aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).

Pessoas que foram diagnosticadas com Parkinson, independente do grau da doença, ou que tiveram alguma outra doença ou acidentes que atingiram a capacidade neuromotora apresentam dificuldade na hora de manejar alguns objetos como um talher, na hora de comer, ou escova de dente, por exemplo. Com o utensílio, é possível dar mais independência para o indivíduo.

O ato de pegar no cabo de uma colher é um dos principais obstáculos nesses casos, e por isso, o produto foi projetado de maneira que essa atividade seja mais simples. “O dispositivo projetado possui, no cabo para acomodação da mão, quatro compartimentos nos quais é possível inserir água para alterar o peso, melhorar a estabilidade da preensão [capacidade de agarrar] e, assim, dar mais autonomia ao usuário durante o processo de alimentação”, contou a professora do Departamento de Engenharia Mecânica (SEM) da EESC, Zilda de Castro Silveira.

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Projeto

Ao realizar uma pesquisa de conclusão de curso  em 2014, a terapeuta ocupacional da UFMT Beatriz Pachelli percebeu a necessidade de se produzir um talher adaptável no Brasil, já que o produto existe no exterior, mas seu custo é muito alto, e não contempla usuários do SUS, por exemplo.

A orientadora de Beatriz, Alessandra Cavalcanti de Albuquerque e Souza iniciou então uma parceria com Zilda para que o protótipo fosse criado. Foi então que Artur Valadares de Freitas Santos, orientando de Zilda, dedicou seu mestrado para encontrar soluções mecânicas para baixar o custo do utensílio no país.

Ao chegar a um resultado satisfatório, a colher já foi patenteada e aguarda para a fase de testes preliminares que deverá começar em breve. Até o momento, o produto pode ser encontrado por aproximadamente R$ 1.000 em sites estrangeiros ou nacionais.

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