As coisas não iam bem com a neozelandesa Keahnee Tioke, 23 anos. Depois de sofrer de dores nas costas, vômitos e perda de peso muito rápida, ela sabia que precisava ir ao médico. O problema? Um cisto gigante estava se formando em seu ovário, mas os médicos ignoraram.
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Segundo ela, ao tentar uma consulta com o ginecologista, que poderia ter percebido o cisto , teve o encaminhamento negado. Sem respaldo médico, a jovem passou muito tempo com sintomas bastante estranhos envolvendo a região da sua barriga. A aparência era de que ela estava grávida, inchada, Keahnee não sabia o que estava acontecendo.
Quando finalmente conseguiu uma consulta, os médicos disseram que ela tinha desenvolvido uma intolerância a glúten, e adquirido a doença celíaca – por isso o aumento do volume do estômago, já que o estômago de pessoas celíacas acaba inflamando em contato com o glúten.
“Mas eu conhecia meu corpo. Esta com dores e sabia que deveria ser algo mais grave. Os sintomas não batiam. Eu tive hemorroidas e uma colisão no estômago. Não podia ser algo tão simples assim”, disse ela ao The Sun.
Cisto gigante
Keahnee queria acreditar em seu médico e no sistema de saúde, mas ela não se deu por vencida e continuou procurando outros profissionais para um diagnóstico mais preciso. Em um dia de muita dor, ela teve que ser levada ao hospital de ambulância e assim foi submetida a uma cirurgia de emergência.
Na mesa de cirurgia os cirurgiões tomaram um susto: uma massa de 30 centímetros e quase cinco quilos foi retirada de um cisco que havia crescido em seu ovário esquerdo e explodido naquele dia.
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Depois de mais de duas horas, a substância foi retirada. A operação delicada poderia ter custado a vida da garota, segundo os especialistas. Ela já estava muito debilitada, com sua barriga aumentando de volume cada vez mais e, por estar ocupando espaço no abdômen, ela não conseguia se alimentar corretamente e estava fraca para se manter forte e aguentar as dores.
Ouça seu corpo
De acordo com a literatura médica, os cistos ovarianos costumam desaparecer em poucos meses e não apresentam sintomas visíveis. Eles podem ser diagnosticados por meio de exames ginecológicos de ultrassom.
Em alguns casos, o que pode acontecer é irregularidades na menstruação, dor durante a relação sexual ou funcionamento irregular do intestino. Dores nas costas, na parte inferior do abdômen, pélvis ou vagina podem aparecer também.
No caso de Keahnee, a negligência médica fez com que hoje ela esteja infértil. E atualmente ela faz campanha para que as mulheres escutem seus corpos e não ignorem quando sentirem que há algo de errado. “Se os médicos tivessem me transferido para um especialista na primeira vez que fui ao hospital, em 2016, nunca estaria nesta situação", conta ela.
Os médicos consultados pela neozelandesa não quiseram comentar o caso, mas afirmaram que ela foi encaminhada para fazer exames de sangue e a paciente recusou. Keahnee afirma que lhe disseram que estes resultados estavam em relação a deficiências vitamínicas e não aos cistos ovarianos, por isso não se preocupou em realiza-los.
Os médicos estão revisando o motivo pelo qual Keahnee não foi encaminhada para um especialista em outubro de 2016.
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