Seguindo recomendações de um estudo do qual fazia parte, a criança suspendeu o uso de drogas e agora não tem mais HIV
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Seguindo recomendações de um estudo do qual fazia parte, a criança suspendeu o uso de drogas e agora não tem mais HIV

Após passar mais de 8 anos longe das drogas responsáveis por controlar a evolução do vírus HIV, uma menina sul-africana foi diagnosticada livre dele. O caso, raríssimo, surpreendeu os médicos e foi apresentado nesta segunda-feira (24) por um grupo de cientistas em uma conferência sobre a Aids, em Paris.

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Apesar do resultado positivo, os especialistas pediram cautela sobre a divulgação dessa notícia. Isso porque, em quase todos os casos, ao interromper o tratamento, há um aumento bastante significativo na quantidade do vírus HIV  que circula no organismo de quem vive com a doença.

Para a presidente da International AIDS Society (IAS), Linda-Gail Bekker, “o caso traz esperança de que o tratamento pode não ser para a vida inteira, mas é raro”, aponta ela, fazendo a ponderação. “Há mais perguntas do que respostas”, afirmou Linda à Reuters.

No caso da criança de 9 anos, o vírus parou de ser replicado quando ela suspendeu a medicação. Mas, a iniciativa só foi tomada por conta de um ensaio clínico, no qual ela estava inserida.

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A pesquisa analisava os efeitos das drogas antirretrovirais em bebês com HIV nas primeiras semanas de vida, segundo a AFP. Desse modo, a menina recebeu o tratamento durante as primeiras semanas de vida, mas parou depois de um ano, como parte do protocolo do estudo, que monitorou toda sua evolução regularmente.

Cura

O caso ainda é apenas uma pista sobre a cura, assim como outros registros raros que se tem notícia. Para alguns pesquisadores, essa é uma possível saída para uma remissão de longo prazo, quando o sistema imunológico pode controlar o HIV sem drogas, mesmo que os sinais do vírus permaneçam.

Ainda que esse seja um caro raro, a única pessoa considerada “curada” do HIV é o conhecido como “paciente de Berlim”, um homem que ao fazer um transplante de medula óssea de doador resistente ao vírus teve a remissão completa da doença. Infelizmente, essa alternativa é arriscada, e considerada impraticável nas quase 20 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da aids espalhadas pelo mundo, segundo o Unaids.

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