O Instituo Nacional de Cardiologia (INC), Unidade do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, junto à Associação Saúde Criança farão uma parceria para melhorar o tratamento de crianças e adolescentes que necessitam de cuidados especiais devido a doenças cardíacas.
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A medida vai possibilitar que as famílias das crianças que possuem doenças crônicas ou muito graves que necessitam de internação, principalmente os que se encontram em situação de vulnerabilidade social, recebam a primeira avaliação em domicílio e sejam beneficiadas com melhorias para a casa e a alimentação.
Ação
Todos os meses, cinco novas famílias terão o direito de participar do trabalho conjunto da Associação Saúde Criança com o INC. A iniciativa trará algumas melhorias para as condições de vida e ao seu redor, incluindo mudanças de infraestrutura e moradia, que são alterações valiosas para que a criança ou adolescente cresça sem precisar depender sempre dos serviços hospitalares.
A coordenadora de planejamento do INC, Flavia Motta explica como é feita a triagem para poder ser beneficiado pelo programa. “A gente pré-seleciona as famílias de pacientes que mais têm déficit social , e a maioria delas tem. A associação avalia as condições de vida e até a residência dessas crianças e adolescentes, os reinsere no meio social”.
Flávia também conta que o tratamento vai além das “obrigações médicas”. “Eles têm uma casa onde muitas vezes é preciso fazer melhorias e a associação realiza, dá alimentação, fornece medicação e passagens quando a família não pode pagar. Todo mês, faz o controle para saber se a criança está vindo ao INC. É um grande apoio”, contou.
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Suporte
Cada família indicada pelo INC à Saúde Criança passa a ser acompanhada por uma equipe de assistentes sociais, nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e advogados , entre outros especialistas. O trabalho acontece em um período de dois anos, e conta com orientações e ações com cada membro da família, para que, juntos, possam superar a situação de vulnerabilidade da criança ou adolescente e de seus parentes.
O objetivo é ajudar a recuperar e reestruturar famílias de baixa renda que não tenham condições de arcar com as despesas do tratamento como, por exemplo, medicamentos, e transporte para ir às consultas e exames.
Somente no ano passado, as cirurgias aumentaram em 24% e em 10% as consultas ambulatoriais de crianças e adolescentes no INC. Em 2016, o número consultas desse público chegou a 7.457, já o número de cirurgias foi de 271. São em média 2,5 mil ecocardiogramas e 450 cateterismos por ano de crianças e de adultos congênitos - como são chamados os pacientes que têm a doença desde pequenos.
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