Exame avalia outros fatores de risco para afirmar com mais certeza se mulher poderá ter ou não câncer de mama
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Exame avalia outros fatores de risco para afirmar com mais certeza se mulher poderá ter ou não câncer de mama

Um teste genético que pode prever com mais precisão a probabilidade de uma mulher desenvolver câncer de mama deverá ficar disponível no próximo semestre para grupos de alto risco. Os cientistas acreditam que a ferramenta poderia ajudar a reduzir em um terço o número de mulheres que tiveram que se submeter a uma mastectomia.

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Atualmente, muitas mulheres que possuem mutação nos genes BRCA1 e BRCA2 – que quando alterados podem tornar o aparecimento de tumores malignos mais suscetível - optam por realizar uma cirurgia de remoção da mama para reduzir o risco de desenvolver o câncer de mama . Porém, o novo teste permitirá à mulher que consiga estar mais informada para optar ou não pela cirurgia preventiva.

O exame é feito a partir do sangue ou saliva e examina 18 variações genéticas que são conhecidas por afetar as chances de um câncer desse tipo. A avaliação foi desenvolvida por uma equipe de pesquisadores em Manchester, no Reino Unido.

As instituições de caridade do câncer têm elogiado a ferramenta e expressaram sua animação em relação ao "método mais personalizado" de triagem do câncer.

Inicialmente, esse teste estará disponível na Universidade de Manchester e na Manchester Foundation Trust (MFT) para mulheres mais propensas a terem mutações do gene BRCA1 e BRCA2, o que também pode significar uma aumento no risco de desenvolver câncer de ovário.

Os perigos que as alterações no gene BRCA podem provocar ficaram conhecidos depois que a atriz Angelina Jolie revelou que preferiu realizar uma mastectomia dupla em 2013, quando descobriu que tinha até 87% de chances de desenvolver a doença.

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Reclassificação do risco

Para desenvolver o exame, pesquisadores da MFT e da Universidade de Manchester analisaram o DNA de 451 mulheres com histórias familiares da condição. A informação foi utilizada com outros fatores para prever uma "estimativa de risco global" para cada uma das participantes.

Muitas das mulheres originalmente classificadas pelos médicos como sendo parte da categoria de alto risco foram posteriormente reclassificadas para uma categoria de risco menor - onde a cirurgia prévia de remoção de mama não é recomendada.

O estudo sugere que o número de mulheres com as mutações que atualmente escolhem fazer a mastectomia para diminuir seu risco poderia ser reduzido em cerca de um terço.

Becky Measures, uma paciente que passou pela retirada da mama no Hospital Wythenshawe de Manchester, conta que quando as mulheres descobrem que têm o gene BRCA1 ou 2 alterado, muitas temem que precisam agir imediatamente.

O novo teste dará às mulheres mais opções e as ajudará a tomar uma decisão mais informada, conforme explicou o pesquisador principal, Gareth Evans, especialista em genética médica da Universidade de Manchester.

"BRCA1 e BRCA2 são apenas parte do que devemos procurar ao avaliar o risco. Planejamos incorporar o rastreio desses novos marcadores genéticos na prática clínica nos próximos seis meses", informou Evans.

Lester Barr, da instituição de caridade Prevent Breast Cancer, que financiou parcialmente a pesquisa declarou que com testes genéticos mais precisos, “é possível prever melhor o risco de uma mulher de desenvolver a doença e, portanto, oferecer o conselho apropriado, em vez de uma sentença”.

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