Para realizar a análise dos tumores, foram utilizadas tecnologias modernas de modelos computacionais
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Para realizar a análise dos tumores, foram utilizadas tecnologias modernas de modelos computacionais

Um novo estudo publicado nesta terça-feira (31), pela revista científica “Nature Communications”, apresentou uma descoberta que pode ajudar na luta contra o câncer: foram detectados 27 novos genes que poderiam prevenir o aparecimento de alguns tumores.

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A revelação foi feita a partir de uma análise de mais de 2000 tumores em 12 tipos de cânceres, entre eles, o câncer de mama, de pulmão, de rim, de cérebro e de intestino. De acordo com os autores da pesquisa, os genes poderiam se tornar “alvos” para novos tratamentos de combate à doença.

Liderado por cientistas do Instituto Francis Crick, no Reino Unido, e da Universidade de Leuven, na Bélgica, o estudo ainda contou com a cooperação de pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega e a Universidade de Chicago, nos Estados Unidos.

Ao mapearem os cânceres, foi possível identificar 96 regiões do genoma que são “perdidas” quando um tumor aparece no organismo. São essas regiões onde os genes de prevenção do tumor se localizam.

Além dos 27 genes que ainda não tinham sido descobertos, os cientistas encontraram também outros 16 genes supressores que já eram conhecidos da ciência.

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Possibilidade de novos tratamentos

Essa é uma revelação importante para a medicina e a criação de novos medicamentos e desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para cura e controle do câncer. Dessa forma, as novas tecnologias poderão ser baseadas em técnicas relacionadas aos novos genes.

Um exemplo é trastuzumabe, droga que foi recentemente incluída no Sistema Único de Saúde, que tem como objetivo um gene específico associado ao câncer de mama. O remédio atua em tumores que expressam o gene HER2+ aumentando o período de sobrevida de pacientes com a condição.

Bloqueador

A pesquisa ainda mostrou que cada célula humana expressa dois pares de genes que são capazes de bloquear a transformação de uma célula saudável em cancerosa. Sendo assim, os novos medicamentos podem atuar sobre esses genes, que muitas vezes ficam inativos quando os tumores aparecem.

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