Pílula digital rastreável será utilizada no tratamento de distúrbios mentais para ajudar no controle da terapia
Divulgação/Proteus Digital Health
Pílula digital rastreável será utilizada no tratamento de distúrbios mentais para ajudar no controle da terapia

Pela primeira vez na história, uma pílula digital rastreável foi aprovada para controlar a data e a hora da ingestão do medicamento. A liberação da ferramenta foi feita  nos Estados Unidos, pela Administração de Remédios e Alimentos (FDA, na sigla em inglês), órgão equivalente à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária no Brasil, nesta terça-feira (14).

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A pílula digital rastreável  conta com um sensor interno acoplado ao aripiprazol, antipsicótico que já é utilizado no tratamento de distúrbios mentais, como depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia.

Dessa forma, o rastreamento permite aos médicos controlarem se os pacientes tomam seus remédios de maneira correta. Através de um aplicativo, parentes também poderão acompanhar como está sendo administrada a posologia.

Tudo isso é feito por uma espécie de adesivo, que é colado no corpo do paciente, e que detecta a ingestão da pílula - que conta com um sensor feito de materiais encontrados em uma comida "normal". De lá, os dados vão para o app, como o horário e data em que foi tomado e algumas informações sobre a atividade fisiológica do indivíduo.

Segundo a empresa fabricante da tecnologia, a ferramenta pode ser utilizada para manter a adesão ao tratamento de pacientes que podem ter dificuldades para continuar a terapia durante um período maior de tempo devido aos sintomas característicos dos distúrbios mentais.

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Porém a FDA informa que não foram apresentadas provas suficientes que mostre que o dispositivo aumente a adesão às terapias. A aprovação da tecnologia foi feita baseada em seu potencial.

"Ser capaz de monitar a ingestão de medicamentos prescritos para a doença mental pode ser útil para alguns pacientes", declarou em nota Mitchell Mathis, diretor da Divisão de Psiquiatria do FDA.

Polêmica

No entanto, a autorização está levantando um debate ético nos EUA, já que pode invadir a privacidade e o direito que as pessoas têm de optar ou não por um tratamento. A FDA alega que a medida vai economizar milhões de dólares por ano com pessoas que precisam de um tratamento extra para compensar as falhas ao tomar os medicamentos.

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*Com informações da ANSA


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