Um homem de 55 anos, morador da zona rural de Jundiaí, no interior paulista, foi diagnosticado com febre amarela, segundo a prefeitura da cidade. Esse é o primeiro caso da doença em humanos na cidade.
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O resultado positivo para febre amarela foi confirmado na segunda-feira (18) pelo Instituto Adolpho Lutz, embora o paciente esteja internado com quadro estável desde 29 de novembro, onde permanece recebendo tratamento.
De acordo com o gestor interino da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS). Tiago Texera, o homem foi o único da sua família a recusar a vacina, amplamente oferecida no bairro de Ivoturucaia, onde ele mora. O balanço do município indica que 92% da população foram vacinados - o vírus está em circulação na zona rural da cidade e em fragmentos de mata.
Foram registradas 201 mortes de macacos em Jundiaí , sendo que 72 deles tiveram confirmação da doença. Um macaco com diagnóstico positivo foi encontrado a três quilômetros da casa da vítima, perto da cidade de Jarinu, que fica próxima à residência do paciente.
Alerta
O interior paulista registrou o primeiro caso da doença em humanos na cidade de Itatiba, onde um idoso de 76 anos morreu em outubro. Um mês depois, a prefeitura também confirmou que outro morador, de 68 anos, havia contraído a doença, mas permanecia internado no Hospital da Unicamp, em Campinas.
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As doses da vacina contra febre amarela continuam à disposição da população nas 36 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município, inclusive nas unidades que funcionam com horário ampliado de atendimento: até às 19h30 na Tamoio, Hortolândia, Agapeama, e até às 20h em Novo Horizonte.
A meta é atender pelo menos 95% da população. Na área rural, agentes de saúde fazem a imunização de casa em casa.
Saldo
Considerando todo o Estado de São Paulo, 501 macacos já morreram contaminados por febre amarela. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a maior parte dos animais, 74%, foi encontrada na região de Campinas, interior do estado.
Até o momento, foram confirmados 23 casos de contaminação de febre amarela silvestre em seres humanos, sendo que 10 dessas pessoas acabaram morrendo da doença.
As mortes foram registradas em Américo Brasiliense, Amparo, Batatais, Monte Alegre do Sul, Santa Lucia, São João da Boa Vista e Itatiba. As infecções sem óbito ocorreram nos municípios de Águas da Prata, Campinas, Santa Cruz do Rio Pardo, Tuiti e Mococa.
Para evitar as contaminações, tem sido feita uma campanha da vacinação para imunizar os moradores das regiões com maior risco, próximas a áreas de mata. Na capital paulista a meta é vacinar cerca de 2,5 milhões de pessoas. A decisão foi tomada após a confirmação de que um macaco do tipo bugio foi encontrado morto no Horto Florestal, na Serra da Cantareira, zona norte da capital, foi vítima da doença.
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