Só em São Paulo, desde 2017 já foram registrados 40 casos de febre amarela, sendo que 21 evoluíram para óbito
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Só em São Paulo, desde 2017 já foram registrados 40 casos de febre amarela, sendo que 21 evoluíram para óbito

As Secretarias de Estado de Saúde de Minas Gerais e Rio de Janeiro confirmaram nesta quinta-feira (12) mais casos de mortes por febre amarela. Em Minas foram três pessoas, e no Rio uma. Desde o início do ano São Paulo também registrou aumento no número de casos. Na terça-feira (9), o governo do Estado de São Paulo também confirmou outros quatro óbitos na capital e três no interior.

Leia também: Viajantes devem tomar dose padrão da vacina contra febre amarela, alerta Anvisa

Minas Gerais

Uma das vítimas mineiras da febre amarela morava em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, e outras duas eram de Mariana, região central do estado. Além disso, um paciente de Nova Lima também teve o diagnóstico confirmado, mas está recebendo tratamento.

Sendo assim, sobe para nove o número de mortos pela doença no estado desde julho de 2017, com 11 casos confirmados. Desses, as ocorrências aconteceram em Barra Longa (1), Mar de Espanha (1), Carmo da Mata (1), Mariana (2), Brumadinho (2) e Nova Lima (4).

Segundo a prefeitura de Nova Lima, os registros não significam que há uma epidemia na cidade, mas mesmo assim, as vistorias em residências em busca por criadouros do Aedes aegypti serão intensificadas neste sábado (13).

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro os casos foram confirmados no interior do estado. Um morador de Teresópolis, na região serrana, a 96 quilômetros do Rio, morreu e o outro paciente, residente em Valença, está internado. Os casos foram confirmados após exames laboratoriais feitos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Em nota, a secretaria esclarece que a cobertura vacinal em Teresópolis e Valença é superior a 80% e já disponibilizou doses suficientes para vacinar 100% da população das duas cidades. Ela recomendou às prefeituras que intensifiquem a vacinação, especialmente nas áreas de mata.

São Paulo

Em São Paulo, quatro pessoas também foram a óbito por conta da infecção . Duas das mortes ocorreram em Atibaia e foram confirmados pela prefeitura da cidade. A terceira vítima é da capital paulista e quarta da cidade de Jarinu, no interior do Estado.

Ao todo, já são, pelo menos oito mortes confirmadas pela doença só em 2018, e, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, desde o ano passado até o momento já ocorreram 21 mortes no estado. Os casos autóctones, que se referem a infecções contraídas em São Paulo, já somam 40.

Todos os casos registrados até agora são do tipo silvestre, transmitido pelas espécies de mosquito Haemagogus e Sabeths, presentes em áreas de mata. Não há registro da forma urbana da doença, transmitida pelo Aedes aegypti desde 1942.

Intensificação das vacinas

O Ministério da Saúde anunciou nesta terça-feira (9) que a partir do dia 3 de fevereito até março deste ano, 75 municípios de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia irão adotar campanhas de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas . A decisão, segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, foi tomada mediante recomendação e autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ao todo, 19,7 milhões de pessoas devem ser imunizadas nos três estados, sendo 15 milhões com doses fracionadas, destinada à toda população, e 4,7 milhões com dose padrão, que serão apenas para crianças de 9 meses a menores de 2 anos, pessoas com condições clínicas especiais como HIV/Aids, doenças hematológicas ou após término de quimioterapia, gestantes e viajantes internacionais -mediante apresentação do comprovante de viagem.

*Com informações da Agência Brasil

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