A Secretaria de Saúde de Mairiporã, cidade localizada na Grande São Paulo, informou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (17) que a cidade já contabilizou 13 casos de pessoas infectadas por febre amarela, sendo que seis casos evoluíram para óbito.
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O comunicado veio depois que a cidade decretou situação de emergência e calamidade na saúde pública por 180 dias, devido à febre amarela
. Também foi divulgada pela prefeitura a contagem de casos suspeitos que chegou a 57.
Os casos aumentaram em uma semana. No último sábado (13) haviam 42 pacientes aguardando pela confirmação do diagnóstico. Além disso, na ocasião, Foram recolhidos 230 macacos mortos, 97 deles com febre amarela confirmada.
“Tratamos o município como área de risco. O que mudou desde a semana passada é que resolvemos o nó da assistência, com fluxo bem estabelecido junto ao Instituto Emílio Ribas e com a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS). Agora, nosso paciente é atendido antes de se tornar grave”, afirmou a secretária de Saúde Grazielle Bertolini.
O decreto, publicado no último sábado, permite contratações emergenciais, a entrada forçada em imóveis particulares para combate do criadouro de mosquitos e o remanejamento de servidores para atender às demandas prioritárias da Secretaria Municipal de Saúde.
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Vacinação
O município anunciou que, devido à grande procura de moradores de cidades vizinhas, os postos de vacinação de Mairiporã
não irão vacinar quem mora em outras cidades. Para conseguir a dose, será preciso apresentar comprovante de residência.
De acordo com a prefeitura, a cidade atingiu alto índice de imunização – mais de 90% da população recebeu a vacina. Por isso, a cidade decidiu encerrar a vacinação feita durante 24 horas em um hospital e uma Unidade de Pronto-Atendimento da cidade.
No estado de São Paulo, a meta é atender a 8,3 milhões de pessoas ainda não vacinadas. O início da campanha com vacinas fracionadas (subdivididas em até cinco partes, contendo 0,1 mililitros da vacina) foi antecipada para o próximo dia 29 de janeiro.
A campanha, que ocorre em 54 cidades paulistas, será intensificada nos sábados, dias 3 e 17 de fevereiro. A vacina fracionada tem eficácia comprovada de pelo menos oito anos, diferente da dose padrão que é válida para a vida inteira. As carteiras de vacinação receberão um selo para indicar que a dose aplicada foi fracionada.
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