Mosquito do gênero Haemagogus é um dos principais transmissores de febre amarela silvestre no Brasil
Divulgação/Fiocruz
Mosquito do gênero Haemagogus é um dos principais transmissores de febre amarela silvestre no Brasil

A Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro confirmou, nesta quarta-feira (17), mais um caso de febre amarela no estado. Dessa vez, o paciente é da cidade de Teresópolis , na região serrana, município que já tinha registrado um caso da doença, cujo paciente não suportou os sintomas e morreu.

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Ao todo, cinco casos e três mortes em decorrência da febre amarela foram confirmados em todo o estado. Os outros três casos, incluindo duas mortes, foram registrados no município de Valença, no centro-sul fluminense.

Ainda nesta quarta-feira, a Vigilância Sanitária também confirmou o primeiro caso da doença em macacos no estado. O animal foi encontrado no município de Niterói.

Também no município de Teresópolis, outros três casos suspeitos estão sendo investigados, segundo a prefeitura. Um dos pacientes, inclusive, já teve alta do INI-Fiocruz e os outros dois continuam internados, aguardando esclarecimento e confirmação do diagnóstico.

Situação em todo o Brasil

Desde julho do ano passado a 14 de janeiro deste ano o Ministério da Saúde já registrou 35 casos de contaminação pela doença em todo o país . A informação foi divulgada na última terça-feira (16) pelo ministro interino da saúde, Antônio Carlos Nardi.

Só na última semana, o número de casos de febre amarela mais do que triplicou. Isso porque, segundo o último boletim epidemiológico, atualizado no dia 8 deste mês, eram apenas 11 registros confirmados em todo o Brasil .

Em relação às mortes, a quantidade chegou a ficar cinco vezes maior em uma semana. No dia 8 eram apenas quatro vítimas fatais, e agora já foram registrados 20 óbitos relacionados à doença.

O governo ressalta que todos os incidentes ocorreram em matas, não havendo notificação até agora em áreas urbanas. Entre julho de 2016 e janeiro de 2017, houve 271 casos e 99 mortes, em um período marcado por um surto da doença.

O número de casos confirmados ainda pode aumentar, pois há 145 episódios em investigação por equipes de secretarias de Saúde. Entre julho de 2017 e janeiro deste ano foram notificados 470 casos suspeitos. Deste total, 290 já foram descartados.

Questionados na entrevista coletiva, os representantes do Ministério da Saúde evitaram falar em “surto”, mas classificaram o fenômeno  de um “aumento de incidência da doença ”.

Até o dia 14, a situação era mais grave nos estados de São Paulo (20 casos e 11 mortes), Minas Gerais (11 casos e 7 mortes), Rio de Janeiro (3 casos e 1 morte) e DF (1 caso e 1 morte).

Em razão do aumento dos casos, a Organização Mundial da Saúde classificou o estado de São Paulo como área de risco e recomendou a viajantes internacionais tomar vacina específica e se imunizar contra o vírus da febre amarela.

Leia também: OMS inclui estado de São Paulo em lista de áreas de risco para febre amarela

* Com informações da Agência Brasil.

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